O valor da imaginação
Verifico, Flávio Tavares, na atualidade, em conversas de rua e bares, que o objeto das nossas maiores atenções tem sido a realidade. Dia a dia, o homem, já quase tomado pelo desejo interesseiro do aproveitamento utilitarista do tempo, foge do ócio, não tendo tempo para imaginar nem tampouco para pensar; torna-se absorvido pelo “time is money”; justifica que imaginar não propicia vantagens imediatas e financeiramente lucrativas... Assim, afasta-se da imaginação, essa faculdade criativa de ideias, imagens e fantasias, considerando-a uma perda de tempo. Somente o homem, cativado pela “poésis” ou inspirado nos caminhos da filosofia, valoriza a criatividade e a imaginação...
Sabemos, Flávio, que, após longa viagem, você percorreu esse mundo imaginário, em cujas paredes grafitou belos desenhos, pintou belíssimos painéis. E chegando à APL, esta Academia de Letras o acolhe, vangloriando-se de havê-lo admitido como um dos seus preclaros confrades que, se pouco pintam, muito se inspiram na arte da pintura... Esse intenso diálogo entre a literatura e a pintura acontece na trajetória da imortal escritora Clarice Lispector, cujos escritos nascem de uma criativa imaginação da atmosfera pictórica; assim são romances, contos, crônicas e cartas claricianas. Ela chegou a pintar mais de vinte quadros , na década de 70, que fazem parte do acervo da Casa de Ruy Barbosa; confessa que o pincel bem substitui a caneta em momentos de “crise criativa”. E assim, revela: “(...) É que escrever não me trouxe o que eu queria, isto é, paz. (...) O que me descontrai, por incrível que pareça, é pintar. (...) É relaxante e ao mesmo tempo excitante mexer com cores e formas sem compromisso com coisa alguma. É a coisa mais pura que faço”. Mesmo assim, avaliando a sua pintura, disse Clarice Lispector: “Pinto tão mal que dá gosto!”.
Nas pinturas de Clarice, exímia escritora da palavra, pouco lhe importam as descrições, o importante é a visualidade... No entanto, a admiradores de Flávio muito interessam, ditas pelo artista, as descrições dos seus quadros. Sim, pessoalmente admiro Flávio Tavares falando da sua arte, o que ele diz pode ser divinamente escrito como um livro... Ele demonstra que escrever e pintar são coisas parecidas, independente do estilo, as palavras se misturam com as cores para dizerem imagens de imaginações ou escrever com o pincel poesias pintadas... Seja bem-vindo a esta Academia de Letras, Flávio, ensine aos seus confrades sua prodigiosa sensibilidade...
Sabemos, Flávio, que, após longa viagem, você percorreu esse mundo imaginário, em cujas paredes grafitou belos desenhos, pintou belíssimos painéis. E chegando à APL, esta Academia de Letras o acolhe, vangloriando-se de havê-lo admitido como um dos seus preclaros confrades que, se pouco pintam, muito se inspiram na arte da pintura... Esse intenso diálogo entre a literatura e a pintura acontece na trajetória da imortal escritora Clarice Lispector, cujos escritos nascem de uma criativa imaginação da atmosfera pictórica; assim são romances, contos, crônicas e cartas claricianas. Ela chegou a pintar mais de vinte quadros , na década de 70, que fazem parte do acervo da Casa de Ruy Barbosa; confessa que o pincel bem substitui a caneta em momentos de “crise criativa”. E assim, revela: “(...) É que escrever não me trouxe o que eu queria, isto é, paz. (...) O que me descontrai, por incrível que pareça, é pintar. (...) É relaxante e ao mesmo tempo excitante mexer com cores e formas sem compromisso com coisa alguma. É a coisa mais pura que faço”. Mesmo assim, avaliando a sua pintura, disse Clarice Lispector: “Pinto tão mal que dá gosto!”.
Nas pinturas de Clarice, exímia escritora da palavra, pouco lhe importam as descrições, o importante é a visualidade... No entanto, a admiradores de Flávio muito interessam, ditas pelo artista, as descrições dos seus quadros. Sim, pessoalmente admiro Flávio Tavares falando da sua arte, o que ele diz pode ser divinamente escrito como um livro... Ele demonstra que escrever e pintar são coisas parecidas, independente do estilo, as palavras se misturam com as cores para dizerem imagens de imaginações ou escrever com o pincel poesias pintadas... Seja bem-vindo a esta Academia de Letras, Flávio, ensine aos seus confrades sua prodigiosa sensibilidade...