ESSÊNCIA
Uma fragrância doce se espalha por essa tarde medíocre, barulho, coisas se movem, o vai e vem da aparência poluindo o concreto, os passos apreçados do trabalho, o fim do dia e o cansaço.
Em mim o ser, em nós os seres humanos, imperfeitos, moldado por mãos abstratas da história , buzinam em seus carros, retorcem em suas cadeiras, estouram suas veias, cegam seu olhar e no fim do dia o soldo.
O que aparece aqui é um sorriso amarelo quase verdadeiro, mas nunca puro, pois por detrás dos teus princípios, das tuas cores e telas tem tão somente o homem, confuso e concreto a essência e existência do fenômeno vida.
Sim me colocaram em frascos, sou comercializado para no fim tocar a pele e exalar o cheiro que é tão somente produto do meu suor.
YANA MOURA