Aprendendo com Bento XVI

A notícia da renúncia do sumo pontífice com certeza pegou o mundo de surpresa, pois até então não havia nenhum rumor na grande mídia que tal fato iria acontecer. Muitos só vão ficar sabendo após o Carnaval, pois de samba em samba e de copo em copo é impossível prestar atenção em outra coisa. Mas o que o Papa vai deixar de exemplo e também de lição é que devemos sempre saber a hora de parar e é isso que precisamos aprender, pois há momentos na vida que precisamos aceitar, decidir e agir no encerramento de um ciclo da nossa vida, que como dizem os jovens, já deu. Quem dera outros pudessem aproveitar o momento e a lição e fazer o mesmo, e podemos citar José Sarney, Hugo Chaves, Faustão, Boninho, Renan Calheiros, Garotinho e tantos outros que insistem em querer perpetuar algo que não tem mais condição de prosseguir. O Papa toma uma decisão muito admirável, pois ele vai mexer com toda uma estrutura, legal que ele tenha a noção e uma razão que diz que para ele não dá mais, isso é muito bom, isso é ser sábio e respeitoso com a instituição que ele representa, justamente no momento que temos pela frente a Jornada Mundial da Juventude Católica aqui no Rio de Janeiro e que ele seria uma presença imprescindível no evento.

Já está circulando comentários que a sua eleição não levou em consideração a sua idade avançada e com certeza ele teria dificuldades em chefiar a igreja católica por muito tempo. Eu discordo dessa opinião, pois acho que se à época ele tinha condições, porque impedi-lo, mas se decorridos oito anos ele está sem condições de prosseguir, então que deixe o cargo com dignidade, e é justamente o que ele está fazendo.

Irão surgir outras razões para a sua renúncia, com certeza há outros motivos, mas a justificativa de agora faz com que eu particularmente o aplauda e deseje que ele possa viver ainda por muitos anos, com uma vida menos estressada e em consequência uma saúde melhor.

Aprendamos com Bento XVI a hora do fui, não posso mais.