Irmã

De repente me deu uma saudade da minha irmã, de quando ela era pequena e me chamava para pentear o cabelo dela pois tinha horror de quando minha mãe iria fazer isso porque ela puxava tanto que quase a escalpelava.

Saudade de quando ela me chamava do banheiro desesperada para alguém ajudá-la, de quando ela falava tudo errado e ficava brava quando não conseguia fazer alguma coisa.

Lembro como se fosse ontem o dia que ela aprendeu a falar as palavras com o “R” e que fui eu que ensinei, senti orgulho de mim e dela por não ter desistido de aprender.

Faz tempo, embora nem tanto, mas sinto falta de quando ela queria ser parecida comigo e de como me olhava com aquele olhar carinhoso.

Esses simples gestos que ficam marcados e dão saudade são a prova de que se está vivo e que as vezes é bom sentir saudade.

Flavia Dias
Enviado por Flavia Dias em 04/07/2013
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