Com licença eu nasci noa anos cinquenta II

O meu nome é Geovani Gualberto dos Santos Borges, filho de Maria Augusta dos Santo Gualberto do lar, e de Geovani do Santos Borges meu pai, um comerciante bem articulado na política do sindicato de feira de Água de Menino e depois na feira de São Joaquim onde negaceava e por ser bem esclarecido fazia parte do sindicado, com uma consciência de um grande visionário que estava muito alem do seu tempo, um futurista e um bom observador. Tudo começa com o meu nascimento no dia 29/10/1954 na maternidade Climério de Oliveira no bairro de Nazaré em Salvador Bahia. Uma criança bem assistido como qualquer outra da época.

No decorrer do tempo como o meu pai eu aprendei a observar, alem dos ensinamentos do meu pai e meu tio, comecei a praticar a observância, desde cedo, por exemplo: Quando pegou fogo num poço de petróleo, em Pouca um município de Salvador. Também quando pegou fogo na Feira de Água de Menino e quando queimou o Mercado Modelo são coisas vivas dentro da minha memória. E ainda quando eu estudava no centro da cidade no colégio Estadual Alfredo Borges, e vi a campanha do Governo Federal, Dê Ouro Para o Bem do Brasil. Onde os patriotas eram enganados pelos políticos e davam os seus cordão ou anel de ouro e recebia em troca por um de latão eu vi davam um anel de ouro por um de latão seria cômico se não fosse trágico.

Apesar de tudo a televisão estar começando em Salvador Bahia, eu assistir à cegada do homem a lua, o que para muitos erra impossível (ou não)?

Assistir diversos filmes quando menino pela televisão: Bate Mastersons, Mister Laque, Na Corda Bamba, Os Rebeldes, Vigilante Rodoviário, Nacional Kide, Vila Sésamo, etc. Quem fazia sucesso nesta época com as músicas que embalavam os adolescentes e todos no mundo eram: The Beatles, Elvis Presley e os Rolling Stone, e muitos outros, aqui no Brasil a musica estava americanizado era a jovem guarda comandada pelo rei Roberto Carlos para muitos o melhor ate hoje, mais tinha Jerry Adriani, Wanderlei Cardoso, Wanderlei, Sergio Reis, Eduardo Araújo, Silvinha, Martinha, Os Vip entre outros. Os Pholha, e tantos outros brasileiros que cantavam em inglês, pois na época a música brasileira estava americanizada, o estilo da musica MPB estava começando a tomar forma (e a maioria das musica, eram versões de músicas americanas). Os filmes de cinema que marcaram a minha vida quando criança: A Noviça Rebelde, Uma Semana no Balão e os filmes épicos Sanção, Hercules, Ulisses etc. e o filmes Nacional Os atores de sucessos: Oscarito, Anquito, Jeca Tatu ,Grande Otelo etc.

Com licença.

Sou da geração que pede desculpas, com licença, por favor, e muito obrigado. E ainda continuo achando básico se expressar bem, e todos aprender com falar, isso faz parte de uma boa educação , e tudo isso sem sentimento de culpa como deve e tem que ser.

Sim eu sou de vanguarda, dos anos cinqüenta. Eu vivi mais não senti a intensidade e nem intensamente a força da ditadura no ano sessenta a partir do ano de mil novecentos e sessenta e quatro, quando o pois vivia a revolução instalada por todos os estados.

Foi quando eu vivi este momento em minha frágil vida, mas de um foco bem diferente da realidade dos adultos: Eu estudava no centro de Salvador, mais precisamente na Praça Tome de Sousa, num colégio Estadual Alfredo Borges, com a minha prima da mesma idade Ana Maria, fomos dispensado para ir direto para casa mais ao sair cedo da escola sem muita explicação, com a minha prima nos vivemos a dita dura.

Foi quando nos deparamos com uma grande concentração de pessoas que pareciam alegres, pois estavam cantando com emoção, inocentes pensamos que era carnaval e assim eu e ela entramos na folia, dançávamos e cantávamos (Abaixo a ditadura, abaixo a ditadura), ela serelepe sambando evoluía com maestria, pois gostava muito de dançar.

Quando de repente de um grande carnaval, a multidão se transformou em confusão, barulho de sirene da policia e do bombeiro, muita gritaria, bomba de gás lacrimogêneo, tapa, pescoção, tiro, correria, conflitos... Mesmo confusos, segurei na mão da minha prima e saímos correndo, chorando sem parar e nem olhar para traz. Fugimos do tumulto entrando no elevador Lacerda, descemos para Praça Cairú e fomos para casa com os olhos vermelhos da fumaça que nus invadiu quase nus sufocando. Nos não sabíamos de nada e com medo dos nosso pais passamos por tudo isso e ficamos calados.

Quando no fim de sessenta e inicio da década de setenta, eu vos digo que a ditadura de perto causava náuseas, olhos vermelhos, tosse e coisas que nem gosto de lembrar, pois convivi com governo de vários presidentes militares, e com a censura vigiada, não podíamos reclamar de nada de errado que eles faziam, sobrevivi a tudo e aprendi com tudo que vi e vivi hoje eu escuto palavras, e aceito com mais naturalidade. E ainda chamo atenção ao falar: por favor, ou muito obrigado, um dia alguém disse para mim que é sentimento de culpa, mais eu não tenho culpa de ser muito bem educado, não sou saudosista gosto do futuro e de tudo que esta acontecendo hoje, mas tem coisas que fica na nossa memória que é bom falar. Só lhes asseguro que não, eu não me envergonho por nada que eu tenha feito de certo ou errado, gosto de ser justo e de fazer justiça a todo preço com destreza e democracia. Composição de Geovani Borges em Rio de Janeiro 11/ 08/ 2009. Eu escrevi esta crônica para quem é da minha geração e quem se interessar pela minha pequena historia na dita dura no Brasil que com Inocêncio eu vivi.

Gio Borges
Enviado por Gio Borges em 04/07/2013
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