deus e o diabo na terra Brasil

Estamos a poucos dias do início da copa das confederações. E como o Brasil é o país do futebol, viveremos momentos de grande emoção, só não sabemos se serão boas ou más.

Felipão neste momento ainda como deus, pois detém em seu currículo o pentacampeonato mundial brasileiro em 2002, está indo para a competição como salvador da pátria, ou melhor, do futebol brasileiro, e neste momento é o único possível técnico no Brasil a ter condições de ganhar esta copa e a copa do mundo(isso é o que a mídia acha), mas a dúvida é: será ele o mesmo Felipão de 2002? Acredito que não, pois onze anos se passaram e com certeza as mudanças no ser humano e no técnico Felipão foram significativas, afinal de contas todos sem exceção mudamos ao longo do tempo, muitas vezes para melhor e muitas vezes para pior, mas mudamos.

Não entendo de futebol, mas entendo um pouco de comportamento humano e também das relações em grupo, e trazendo a memória a copa de 2002, onde tínhamos um Felipão valente e muitas estrelas, com um elenco mais homogêneo em seus desempenhos, uma seleção que tinha cara e marca.

Esta seleção de mil caras desde a copa de 2010, ainda não obteve a sua marca, não fez raiz. O único que ouvimos falarem alguma coisa é Neymar, que sinceramente vejo que acontecerá com ele o mesmo que aconteceu com Daiane dos Santos e Ronaldo Fenômeno, ou seja, serão depositados em seus ombros a sorte ou o azar da competição. É assustador como a mídia eleva a posição de deus, talentos que na realidade não se consagram sozinhos, tendo em vista que a competição é em grupo. Mas voltando a Felipão, o futuro dele está definido: será ele mais uma vez deus ou será alçado a posição de diabo se não ganhar a copa do mundo.

Sempre achei Felipão um técnico arrojado e de bons resultados, mas logicamente que isso tudo pôde acontecer nos momentos em que ele teve uma equipe talentosa, pois recentemente o seu desempenho foi bem questionado, e fico analisando o porquê ele aceitar voltar a ser técnico de uma seleção tão pífia como a nossa, arriscando a sua consagração como deus em 2002 a uma possível consagração a diabo em 2014. Claro que as cifras depositadas em sua conta bancária justificam o risco, mas...

Pensando quanto ao futuro de Felipão, acabo constatando que ele será sempre um técnico consagrado, só não sabemos se no céu ou no inferno, mas o técnico Felipão jamais será esquecido, mas desejo verdadeiramente que ele continue como deus após 2014.