REFORMA POLÍTICA: SERÁ QUE ESSE É O CAMINHO?

A presidente Dilma Roussef afirmou que prima por uma Reforma Política que vise banir a corrupção, porém, penso que ela não tenha observado que a origem da corrupção tem o seu nascedouro no seio do caráter e não nas circunstâncias externas.

Enquanto não houver uma conscientização de que se deve governar pelo povo e para o povo e não em função de interesses próprios, nenhuma reforma política, por mais promissora que seja, solucionará os problemas mais diversos do Brasil.

Perguntas como, por que o Brasil ainda é tido como um país de terceiro mundo, sendo rico em recursos naturais? Fazem-nos refletir que não somos pobres porque nos faltam tais recursos, mas porque nos faltam determinação e princípios. Determinação para protestarmos (pacificamente) em prol de nossos direitos; e princípios, por parte de nossos políticos que governam conforme seu bel prazer.

O Japão, por exemplo, que é a 2ª economia mundial, tem 80% de seu território compostos de montanhas, e mesmo assim é próspero.

Após o tsunami de março de 2011 que o atingiu, o governo recebeu ajuda financeira internacional e, após a reforma, devolveu o valor que sobrou.

Um japonês que encontrou uma grande quantia em dinheiro entre os escombros de uma casa, entregou-a à polícia.

A Suíça, que não produz cacau, é conhecida por fabricar o mais saboroso chocolate do mundo.

Nós, brasileiros, clamamos por um país justo que nos trate de forma igualitária.

A reforma política é necessária sim, porém é preciso com muita urgência rever conceitos e valores, porque nós somos aquilo que pensamos e não o que pensamos ser.

O Brasil não precisa e nem tampouco tem a necessidade de mostrar-se bem lá fora, gastando somas exorbitantes de dinheiro para ser manchete internacional, mas somente ser humano para com sua gente.

Certa ativista carioca, usava uma blusa com a seguinte frase: "Salve o hospital do Fundão". O hospital continua na mesma situação, já o maracanã, bem, o maracanã foi reformado em pouco tempo, sabe como é, no Brasil a inversão de prioridades é que predomina!

É bem certo que a copa do mundo, alavanca o turismo, gera empregos e acelera determinadas obras (muitas delas superfaturadas, sabemos), mas se o país tem suas crises de ordem social, no que diz respeito à pobreza, à falta de estrutura na educação, na saúde e em relação à moradia, por que se candidatou para ser sede de tão imponente e faraônica competição? Não seria o caso de usar tais recursos para a melhoria de sua estrutura sócio/econômica?

Os países de primeiro mundo evoluem economicamente a cada dia porque adotam uma política de governo voltada para o povo.

Na verdade, o progresso de um país se dá pelas atitudes de seu povo e, principalmente, de seus governantes. Portanto, reforma já, porém, começando de dentro para fora e não o contrário.

ROGÉRIO RAMOS
Enviado por ROGÉRIO RAMOS em 02/07/2013
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