Sinais

Por mais que o meu ceticismo me tente convencer, não consigo me livrar de impressões das estórias que ouvi desde criança, e que ficaram na memória, que elas estejam se confirmando.

Lembro de um livro religioso que tinha uma página com um desenho hiper realista do Empire States sendo partido por uma coisa voadora fumegante. Minha mãe dizia ser, respondendo às minhas angustiadas perguntas, que era o fim do mundo. Aquele medo misterioso que sentia ao ouvir isso foi revivido em frente à TV quando a liguei minutos depois do ataque à primeira torre do WTC. CNN calada. Só a imagem. No primeiro momento pensei tratar-se de um incêndio. Logo apareceu um avião que minha mente achou ser de reportagem. Não era.

Dessa vez, um medo mais concreto e reforçado pelos ataques seguintes me tomou.

Recordo de algo semelhante quando tentava assistir ao Rock in Rio II, e o programa era interrompido pelas edições extras da guerra do golfo. A do Kwait. Dava quase uma sensação de que as coisas estavam ligadas. Como se o pecado da festa tivesse que ser punido pelo sofrimento da guerra.

Agora, lentamente, mas em aceleração vem o aquecimento global. Minha mãe dizia: “o mundo não mais será destruído por um dilúvio” (como se tivesse havido mais de um) e aí, mais uma coincidência: há quem garanta que não foi um só mesmo. Mas essa já é outra estória.

O fato é que o fogo, próximo responsável pela destruição, segundo algumas das interpretações, inclusive a da minha falecida mãe, pode ser o aquecimento e suas conseqüências. E este medo... Aumenta diariamente quando confirmado pelo noticiário.

Sabemos que a história do planeta é uma história de mudanças, mas certamente ele nunca esteve tão habitado. O homem está aqui, logo, a tragédia existe. Como conseqüência de seus atos ou não. Estamos como culpados e vítimas dos exageros de nossa aventura.

Aí, mesmo que tenha que reinterpretá-las, não dá para não concordar com as escrituras.

Respeito é bom e os fatos mostram!