O exemplo da Rocinha

Seiscentos manifestantes moradores na Rocinha, considerada a maior comunidade não mais favelada do mundo, saíram em pacífica passeata no Rio de Janeiro, com seus objetivos bem definidos.

Sem deixar nem mesmo lixo na marcha, onde não houve nenhum tumulto, mostrando a segurança que os seus organizadores planejaram, foi mais uma vitória da democracia. Os objetivos foram dois. O primeiro, as obras de saneamento básico no lugar. Existe um rio, protegido por grades, que recebe lixo e dejeto orgânico no local.

O segundo pedido foi o da construção da grande creche na Rocinha, prometida há tempos e nunca executada. Os manifestantes não querem o teleférico que Dilma pretendia instalar no local. Acham supérfluo e ineficaz.

Foram atendidos no dia seguinte pelo governador Sérgio Cabral, que se comprometeu a entregar a obra. A reunião transcorreu na mais perfeita harmonia.

Um dos membros da comissão, depois de encerrada a conversa, foi enfático: “o problema está resolvido entre as partes. Agora, falta a obra, que vamos fiscalizar e tomar conta.”

Um exemplo de decisão e dignidade.