UM LOUCO NA TERRA DOS SÁBIOS
CRÔNICA
Autor: Floriano Silva
Tendo alta recentemente do “manicômio escola” ele o louco, chega à terra dos sábios, uma minoria pragmática e prepotente, e porque não dizer ditadora. As atitudes e decisões quase sempre bolava a cabeça do louco que a bem da verdade de louco pouco se vê no estranho, já que ele cumpre rigorosamente todos os dias um ritual. Trabalhador ele possui uma sensibilidade ímpar. Veste-se bem, ao seu estilo, fala bem demais e para completar é dono de um tremendo “poder de persuasão”. Embora desfrute de um histórico de receituário robusto, da preta tarja em psicotrópicos.
Acorda cedo cumprimenta a natureza e após tomar seus remédios religiosamente na hora, observa e faz a leitura da vida. Nos momentos de crise desata a criar, bendita seja a criação. É que “o louco pensa que é um artista”. Retrata em aquarela de toda matiz e lançar na tela um conjunto harmonioso, uma paisagem magnífica de um cenário bucólico, às vezes apenas corpos, porém não menos extraordinário.
Com as notas, seja ao piano ou simplesmente acompanhado de um violoncelo, a mais bela melodia que o gênio Mozart deixou escapar no caminho entre a mente e os dedos. O tom marcial empregado conduz os passos dos sábios e suas mentes “brilhantes” nas mesas de reuniões em suas tomadas de decisões quase sempre desastrosas e que mechem com a vida da sociedade em um todo.
E eles divagam
Na saúde...
E agora mestre, quem morre primeiro? Quem viverá um pouco mais?
Já na educação, o pensador e PHD intervêm...
Os nossos vem primeiro! Logo alguém pergunta:
E os outros? Esses que amealhem as migalhas.
O louco assiste a tudo e fica atônito e sem entender nada. Também o que é que ele queria entender.
Na segurança...
O tiro sempre sai pela culatra.
O louco com a mão no queixo olha pensa e já que o tempo sempre lhe favoreceu e é dai que vem o domínio de algumas línguas:
O mandarim, alemão, latim, ioruba e é claro a nossa língua pátria, usa este e outros elementos para compor a mais bela das belas letras, retrato do encontro de um maluco com os sábios aqui na terra.
Ah! Já ia eu me esquecendo. Não mencionei sequer o teor da letra composta por ele para que vocês possam desfrutar dessa doce loucura. Pensando bem, vocês não precisam conhecer a letra! Isso é apenas arte de um louco.
Não se esqueçam, “os sábios aqui são vocês”.
“E eu, apenas mais um louco”.