A NOVA ERA.
Há uma nova era que se concentra no fato social que ganha velocidade na comunicação pelas redes sociais; computação.
Marchal Macluhan dizia que a era da eletricidade não sepultaria a prensa. Acertou, o livro continua soberano, mas a comunicabilidade da antena, se não sepulta o telefone e outros meios de comunicação “inter partes”, amplia a velocidade do entrosamento de vontades para determinado fim.
O “Occupy Wall Street”, o “Geração à Rasca”, o “Democracia Real Ya”, o “Chapullings da Praça Taksin” demonstram essa velocidade.
No Brasil por fatos diversos a coesão de vontades é convocada e se expressa com rapidez; está nas ruas. O sentimento está externado, é bom que se pacifique para não piorar estamentos econômicos, escolares, profissionais e a segurança pública já tão precária.
É preciso, contudo, vigiar as vontades políticas dos lobos malditos em alcateia permanente para tentarem manipular eventuais consultas (plebiscito, referendo) de forma a tumultuar direitos consagrados, como colocar em possibilidade plebiscitária futura o controle da mídia, ou seja, o controle da “livre expressão”, como já insinuam.
Se esquecem que o artigo 60 da constituição não permite nem mesmo deliberar iniciativas legislativas que visem alterar direitos individuais como a “livre expressão”. Tramam, também, o financiamento público de campanha, que favoreceria e eternizaria o partido que estivesse no governo. O financiamento deve ser pessoal, da pessoa física. São os eleitores que devem ajudar as campanhas, se quiserem, e seus candidatos, com eles se entendendo. Na Itália um dos movimentos políticos obteve 25% dos votos, ausentes de verbas públicas, só com doações individuais. Os horários eleitorais e a destinação dos fundos partidários já bastam. Empresas que financiam campanhas investem, e depois recebem em troca dos eleitos cobrando a conta, é velho. Se plebiscito houver, é preciso que se coloque pergunta nesse sentido, se o eleitor quer o financiamento feito por ele, e não por verbas públicas ou de empresas.