O EFEITO MORAL DA BOMBA.
Por Carlos Sena
Bomba de efeito moral – eis uma coisa que me encafifa. Primeiro por ser bomba, depois por ser moral. Mas, afinal, qual seria a moral do efeito? Ou o moral? No mesmo diapasão “Spray de Pimenta” também vai ao conjunto das medidas contra a moçada nas ruas? No fundo, no fundo, bem no fundilho, a coisa fica mesmo meio confusa: “pimenta no dos outros é refresco”, mas será que quem está com o moral sob efeito da bomba precisa dela? Dito de outra maneira: como seria, de fato, uma pessoa que foi pega pelo efeito moral da bomba? “Eu sou o estopim da bomba, foi você quem me fez ser assim”? Seria um pouco disso e efeito moral de que tanto se fala que tem a bomba?
Faz algum tempo que escrevi, em tom de blague, que se caísse uma bomba em Brasília só se perderia a bomba. Mas, e agora comigo lá? Talvez agora eu prefira que se solte lá uma bomba de efeito moral. Eu só não me vejo no efeito dela. Será que seria algo assim “meio grogue” – como se a gente tivesse bebido um porre e no dia seguinte ficasse com a sensação de que “fiofó de bebo não tem mesmo dono”?
Puxando um pouco para a seriedade do momento, acho que a nação se sente meio aliviada moralmente com os resultados relâmpagos (embora parcos) emanados pelo Congresso Nacional. Parece mesmo que as “almas sebosas” de lá querem posar de santas, pois tiveram o tempo todo e sempre chafurdaram com nossa moral e nossa paciência. De repente, esse estado letárgico que nos toma seria o efeito moral da bomba? Ou o seu estopim? Ou apenas um simples “peido de veia” que a gente solta no dia da fogueira de são João?
Por Carlos Sena
Bomba de efeito moral – eis uma coisa que me encafifa. Primeiro por ser bomba, depois por ser moral. Mas, afinal, qual seria a moral do efeito? Ou o moral? No mesmo diapasão “Spray de Pimenta” também vai ao conjunto das medidas contra a moçada nas ruas? No fundo, no fundo, bem no fundilho, a coisa fica mesmo meio confusa: “pimenta no dos outros é refresco”, mas será que quem está com o moral sob efeito da bomba precisa dela? Dito de outra maneira: como seria, de fato, uma pessoa que foi pega pelo efeito moral da bomba? “Eu sou o estopim da bomba, foi você quem me fez ser assim”? Seria um pouco disso e efeito moral de que tanto se fala que tem a bomba?
Faz algum tempo que escrevi, em tom de blague, que se caísse uma bomba em Brasília só se perderia a bomba. Mas, e agora comigo lá? Talvez agora eu prefira que se solte lá uma bomba de efeito moral. Eu só não me vejo no efeito dela. Será que seria algo assim “meio grogue” – como se a gente tivesse bebido um porre e no dia seguinte ficasse com a sensação de que “fiofó de bebo não tem mesmo dono”?
Puxando um pouco para a seriedade do momento, acho que a nação se sente meio aliviada moralmente com os resultados relâmpagos (embora parcos) emanados pelo Congresso Nacional. Parece mesmo que as “almas sebosas” de lá querem posar de santas, pois tiveram o tempo todo e sempre chafurdaram com nossa moral e nossa paciência. De repente, esse estado letárgico que nos toma seria o efeito moral da bomba? Ou o seu estopim? Ou apenas um simples “peido de veia” que a gente solta no dia da fogueira de são João?