MANIFESTAÇÕES. A CRÍTICA.

A verdade absoluta contra a qual as ruas falam com veemência é a corrupção. Algumas vezes o calar-se é manifestar-se com grandiloquência. O silêncio como manifestação da vontade não incorpora um paradoxo, ocorre. Na forma contratual é o calar-se quando impunha-se falar, manifestar-se.E existe seu contrário, falar com veemência.

Existem três verdades no processo crítico, a dos críticos, a cada lado, e a verdade absoluta. A verdade absoluta é a que vem das ruas, originada da insatisfação com a corrupção. E há o despreparo absoluto, ignaro e roto, que se vale das migalhas da corrupção para dizer que é golpe a sociedade querer expulsar a corrupção.

Golpe de quem?

Só a idiotia pode ver golpe na limpa pretensão de expulsar os ratos roedores da dignidade alheia, como se fez com a PEC 37.

Na ciência da lógica, no procedimento crítico, chega-se à verdade absoluta pela divergência. Ouve-se agora o processo crítico social dimensionado, divergente do que se plantou como corrupção.

A tola afirmativa que o fato social expressado por melhorias e punição da corrupção é golpe é o mais ralo despreparo, melhor, credite-se à paixão pessoal e à incompreensão por falta de formação mínima, impossibilitando análise, de quem vive das sobras da corrupção, de suas migalhas, de seus restos.

Temos em lógica a certeza, cenáculo da evidência, incontestável e inquestionável. Diante da evidência basta ser primária a análise, entra pelos olhos. Não é possível ver na televisão parlamentar enchendo a bolsa de propina e continuar no cargo abrigada por seus pares. Está na voz do povo a insatisfação e suas provas são flagrantes. Segurança, educação e saúde precárias são pilares dessas vozes que querem receber o que pagam em impostos.

Elas levam ao grande estuário do concerto de vontades, e deságuam no mar da verdade absoluta. Mas impõe-se que essa opinião seja presidida pela sinceridade, afastando a mentira que engana e não edifica.

Não há como dar opinião, sem ser crítica, aceita por uns e recusada por outros. Mas que ela não seja tacanha, erodida no analfabetismo em todos os sentidos.

Estamos ouvindo a crítica relevante do processo social. É surpresa que não deveria surpreender. É raiz do ser politico em sua melhor forma por ser espontâneo, sem vínculos no profissionalismo político que desnatura a política como ciência, pois ela visa o povo, nasce do povo que é berço e fim último, destinatário de sua razão maior.

Que despertem os idiotas que veem no processo crítico que pretende defenestrar a corrupção, golpe não se sabe de quem.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 28/06/2013
Reeditado em 28/06/2013
Código do texto: T4362138
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