EVANGELHO E ESPIRITISMO (4) O Perdão e a Cura
O Perdão e a Cura
O Perdão e a Cura
No livro Os Curadores do Senhor, há uma cena em que o personagem Paulus, que é o espírito-médico que realiza operações espirituais através da médium protagonista do romance, narra como se deu sua conversão aos trabalhos do Senhor. Nessa passagem, o mentor espiritual propõe a Saulus um programa de serviços e alude a uma história vinda da tradição Cristã. A transcrição do texto vai logo abaixo.
Um parêntese: Essa história eu a recriei com base não sei exatamente em que passagem de livro, ou artigo, ou palestra, visto não eu não ter conseguido localizar a anotação que a inspirou. Mas deixo esse fato aqui registrado.
Voltando à história, digo que o texto nos faz refletir sobre a importância do perdão para a cura dos males do espírito, e nele também está implícita a necessidade do autoperdão, sem o que nunca conseguiremos alcançar paz e equilíbrio interior.
E a lição imortal que nos fica é que o Apóstolo Pedro, cujo potencial energético já fora registrado em outras passagens do Evangelho (ii), só alcança o máximo do seu poder curador quando pratica um grandioso ato de perdão. E esse gesto sublime vai transformá-lo num dos maiores d' Os Curadores do Senhor. (i)
Boa reflexão.
Guima
Um parêntese: Essa história eu a recriei com base não sei exatamente em que passagem de livro, ou artigo, ou palestra, visto não eu não ter conseguido localizar a anotação que a inspirou. Mas deixo esse fato aqui registrado.
Voltando à história, digo que o texto nos faz refletir sobre a importância do perdão para a cura dos males do espírito, e nele também está implícita a necessidade do autoperdão, sem o que nunca conseguiremos alcançar paz e equilíbrio interior.
E a lição imortal que nos fica é que o Apóstolo Pedro, cujo potencial energético já fora registrado em outras passagens do Evangelho (ii), só alcança o máximo do seu poder curador quando pratica um grandioso ato de perdão. E esse gesto sublime vai transformá-lo num dos maiores d' Os Curadores do Senhor. (i)
Boa reflexão.
Guima
− Paulus, durante séculos, desde o Antigo Egito, tu vens trabalhando e desenvolvendo o talento da medicina, mas nem sempre utilizaste esse dom de Deus em benefício dos outros e muitas vezes foste mesmo dele um mercenário. Mas nessa última encarnação soubeste fazê-lo, de maneira desinteressada e evangélica. Agora terás nova oportunidade de ajustar-se com Ocea e Adelfo. Mas antes é necessário que te livres do ódio que carregas há tanto tempo – é preciso que os perdoe, e não apenas com palavras. Pois se fores capaz de perdoá-los realmente do fundo do coração terás conquistado a oportunidade de usar os dons curadores que desenvolveste como nunca o pudeste antes fazê-lo. É preciso que te decidas! Mas antes vou contar-te pequena história do Cristianismo Primitivo, que corre aqui nas tradições do Mundo Maior.
No livro de Atos [1] o apóstolo Lucas narra como, algum tempo depois do drama do Calvário, Pedro e outros discípulos de Jesus fundaram a Casa do Caminho, a primeira comunidade cristã, profundamente inspirada nos ensinos do Sublime Amigo. Lá eram atendidos, com extremado amor e desinteresse, todos os necessitados do corpo e da alma, sem distinção.
Certo dia, chega a Pedro notícia de que Nathan, antigo e poderoso membro do Sinédrio, um dos mais obstinados acusadores do Cristo, batia à porta, pedindo ajuda. Tendo contraído lepra, o desgraçado fora escorraçado pela família e abandonado pelos amigos da sociedade e do poder, ficara pobre e adoecera, e jazia agora numa humilde maca improvisada. A única pessoa que lhe restara fora um velho escravo, que o carregava de um lado para outro, pedindo esmolas e comida.
Contudo, Pedro se recusa a atendê-lo.
Reza a tradição que nesse instante Jesus aparece a Pedro e manda que ele atenda ao doente. Pedro, mesmo assim, no seu estilo rude e sincero, se recusa terminantemente, e responde a Jesus:
− Senhor, atender a esse Nathan, não. Qualquer um, Senhor, menos ele!
− Pedro, disse Jesus, recorde-se que o perdão é um dos meus mais importantes ensinamentos. Dê assistência ao necessitado.
− Mas... Mestre!... esse homem é aquele... é o mesmo Nathan, seu dissimulado e vingativo acusador do Sinédrio...
− Por isso mesmo, Pedro. Atenda-o, porque os sãos não necessitam de médico!
Estimulado pelo grandioso impulso amorável de Jesus, Pedro aquiesceu. E indo até o enfermo, impôs-lhe as mãos e orou. Servindo de instrumento ao magnetismo dos Espíritos Celestes, e do próprio Jesus, Pedro intermediou a cura de Nathan. Após ter sido curado, um novo discípulo do Caminho passou a viver e trabalhar, humildemente, na Casa, transitando pela dura via da redenção espiritual e servindo outras pessoas mais necessitadas do que ele.
Depois desse episódio, os dons de cura do apóstolo Pedro centuplicaram. Registra o livro de Atos [2] que muitos eram os doentes que procuravam ajuda na Casa do Caminho, e os que não podiam ser atendidos eram postos pelos familiares à passagem de Pedro, e – tocados pela sua sombra – se curavam...
No livro de Atos [1] o apóstolo Lucas narra como, algum tempo depois do drama do Calvário, Pedro e outros discípulos de Jesus fundaram a Casa do Caminho, a primeira comunidade cristã, profundamente inspirada nos ensinos do Sublime Amigo. Lá eram atendidos, com extremado amor e desinteresse, todos os necessitados do corpo e da alma, sem distinção.
Certo dia, chega a Pedro notícia de que Nathan, antigo e poderoso membro do Sinédrio, um dos mais obstinados acusadores do Cristo, batia à porta, pedindo ajuda. Tendo contraído lepra, o desgraçado fora escorraçado pela família e abandonado pelos amigos da sociedade e do poder, ficara pobre e adoecera, e jazia agora numa humilde maca improvisada. A única pessoa que lhe restara fora um velho escravo, que o carregava de um lado para outro, pedindo esmolas e comida.
Contudo, Pedro se recusa a atendê-lo.
Reza a tradição que nesse instante Jesus aparece a Pedro e manda que ele atenda ao doente. Pedro, mesmo assim, no seu estilo rude e sincero, se recusa terminantemente, e responde a Jesus:
− Senhor, atender a esse Nathan, não. Qualquer um, Senhor, menos ele!
− Pedro, disse Jesus, recorde-se que o perdão é um dos meus mais importantes ensinamentos. Dê assistência ao necessitado.
− Mas... Mestre!... esse homem é aquele... é o mesmo Nathan, seu dissimulado e vingativo acusador do Sinédrio...
− Por isso mesmo, Pedro. Atenda-o, porque os sãos não necessitam de médico!
Estimulado pelo grandioso impulso amorável de Jesus, Pedro aquiesceu. E indo até o enfermo, impôs-lhe as mãos e orou. Servindo de instrumento ao magnetismo dos Espíritos Celestes, e do próprio Jesus, Pedro intermediou a cura de Nathan. Após ter sido curado, um novo discípulo do Caminho passou a viver e trabalhar, humildemente, na Casa, transitando pela dura via da redenção espiritual e servindo outras pessoas mais necessitadas do que ele.
Depois desse episódio, os dons de cura do apóstolo Pedro centuplicaram. Registra o livro de Atos [2] que muitos eram os doentes que procuravam ajuda na Casa do Caminho, e os que não podiam ser atendidos eram postos pelos familiares à passagem de Pedro, e – tocados pela sua sombra – se curavam...
(1) Atos 2 : 42,47 e 4 : 32-35.
(2) Atos 5 : 12,16.
(2) Atos 5 : 12,16.
(i) Os Curadores do Senhor, ainda inédito, será o terceiro livro da coletânea HISTÓRIAS DE AGUINHAS. Uma resenha da história pode ser vista neste link:
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=4268569
(ii) A cura do coxo de nascença (Atos 3, 1-10); A transfiguração no Tabor (Mc 9, 2-9); e cura da filha de Jairo (Mc 5, 21, 35 a 42)
(*) Imagem de abertura: capa do livro São Pedro Apóstolo, de William Thomas Walsh, Editora Civilização.