CRÔNICA – Uma verdadeira pelada – 26.06.2013
CRÔNICA – Uma verdadeira pelada – 26.06.2013
Por mais que eu esteja me policiando para não escrever sobre futebol, não poderia deixar de falar a respeito desse jogo horrível que realizaram as seleções do Brasil x Uruguai, na tarde/noite de hoje, no Estádio do Mineirão, quando o nosso escrete saiu vitorioso pelo placar de 2 x 1.
Todos “ouviram do Ipiranga às margens plácidas” que essa semifinal da Copa das Confederações seria uma partida duríssima, porquanto os maiores clássicos da América do Sul são justamente os encontros entre Brasil x Argentina e Brasil x Uruguai, isso em relação ao nosso plantel.
Confesso que não me agradei da partida. O selecionado canarinho jogou “pedra em santo”, verdadeira pelada, no que foi seguido pelos uruguaios, que, juntos, fizeram um dos piores jogos que já vi em minha vida. Os atletas, claro, são os culpados, eis que não têm o futebol alegre, mágico e quase invencível que era a tônica de antigamente. Compare-se atleta por atleta com os de 1970, por exemplo, que não veremos nada igual, salvo o jovem Neymar, talvez o único que pudesse ter vez entre os convocados daquela quadra do futebol brasileiro.
Já imaginaram quanto custaria o passe do Pelé nos dias atuais se ele tivesse a idade do Neymar?! Talvez clube algum do mundo pudesse conseguir o dinheiro para contratá-lo. Aliás, sobre esse assunto fiquei abismado quando o apresentador de televisão Milton Neves, da Bandeirante, falou após o jogo entre Brasil x Itália que os dirigentes do Santos Futebol Clube estavam de parabéns por terem conseguido vender seu melhor atleta ao Barcelona pelo valor de 15 milhões de Euros. Fiquei estarrecido, e aí volto a dizer que está faltando ao governo, ao Banco Central, fiscalizar essas operações envolvendo moeda estrangeira.
Alguns poderão dizer: Mas o time ainda não está pronto, não tem conjunto, os atletas jogam em outros países, e outras conversas pra bois dormirem. Esses jogadores estão sendo convocados desde 2010, quando Mano Menezes assumira o comando da seleção; ou então que saíram de uma competição muito concorrida, que são os campeonatos europeus, etc. Mas os atletas do Uruguai também jogam em times do exterior. Desse modo eu mantenho o meu raciocínio de que a nossa equipe deveria ser formada única e exclusivamente com o pessoal que joga no nosso país, até como forma de prestigiar o campeonato brasileiro, porquanto os atletas saberiam que em se destacando poderiam ter vez para representar seu país. Aliás, o Felipão continua dizendo que o nosso time está em formação.
Não tivesse o Uruguai perdido a penalidade máxima no início do jogo, a qual foi defendida pelo Júlio César, nosso goleiro, creio que o resultado poderia ter sido outro, pois o Brasil geralmente encontra dificuldade de sair de situações difíceis, como essa de estar com o placar desfavorável.
Não vejo um “belo horizonte” para esse time na próxima partida, em sendo contra a escola espanhola, jogo a ser realizado no próximo domingo, no Estádio do Maracanã. Ou joga melhor do que isso ou levará uma sova dos espanhóis, salvo se der uma zebra, coisa que não é impossível, eis que o Felipão nasceu com uma estrela bem no meio do mal lavado. Mas quem sabe não será a Itália a nossa adversária...
Fico por aqui. Meu abraço.
Em revisão.
Ansilgus