Ativista de Sofá
Escutei um termo interessante esses dias e resolvi compartilhar com meus leitores. Alguém disse: Fátima, eu sou Ativista de Sofá!
Achei a frase em extremo inteligente e oportuna, por isso resolvi usá-la nessa crônica, vez que acredito que há muitos ativistas de sofás espalhados pelo nosso extenso Brasil.
Meu intuito não é criticar quem fica torcendo pelos que estão na ativa, enfrentando os riscos das passeatas, nem a forma truculenta com que são tratados por alguns policiais. Só que, ser ativista apenas de sofá deixa muito a desejar. É meu pensar.
Lógico, que é sabido e notório que nem todos os brasileiros são aptos e gozam de saúde, tempo, disposição e coragem para enfrentar uma passeata nesse nível.
Resta compreender!
Percebo que estes ativistas de sofá estão numa corrente de apoio aos que estão nas ruas, exibindo sua cara, seus cartazes altamente criativos e mostrando para que vieram. Não estão ali de brincadeira. A coisa é séria!
Ainda ontem, soube de dois jovens que são líderes de passeatas aqui na capital e que foram presos, depois liberados.
Num futuro próximo, estes desconhecidos serão mártires de sua família quando puderem contar para seus descendentes os caminhos escuros que atravessaram para poderem contribuir para a mudança do nosso país.
Estes, com certeza não serão lembrados apenas como Ativistas de Sofá, pois todos saberão que eles fizeram a diferença contribuindo para um país melhor, mais democrático, mais justo.
Tenho lido umas frases mais que criativas nessas passeatas:
"Um país desenvolvido não é aquele em que os pobres andam de carro, mas um país em que os ricos andam de transporte público"
"Nossos heróis não são os jogadores de futebol. São os nossos professores"
"Queremos hospitais com o selo de aprovação da FIFA"
Avante Brasil!