Protestos causam primeira morte
Consta que durante o "período de exceção" (eufemismo criado para amenizar o termo DITADURA), o grande temor das autoridades era o risco de morte de um manifestante de rua. Quando ocorria uma passeata ou qualque outro tipo de ato coletivo de protesto contra os detentores do poder e a situação política de então, a palavra de ordem repassada às tropas de repressão resumia-se nas seguintes palavras, ditas de forma enfática, quando não proferidas aos berros: NÃO ME TRAGAM UMA VÍTIMA!
Em outras palavras, a determinação consistia em uma advertência para NÃO MATAR UM SÓ QUE FOSSE dentre os chamados MANIFESTANTES DE RUA. Reprimir, sim! Com uso de força, mas tendo o cuidado para não causar morte(s). Por muito pouco não repetiam as palavras do Marechal Cândido Rondon em relação ao trato com os índios: Morrer Se Preciso For; Matar, NUNCA!
Por que o pavor? Ora, a morte, decorrente de ação das forças militares, de alguém que se opunha ao governo certamente desencadearia uma comoção nacional e fortes críticas no exterior, dois ingredientes com potencial para abalar os alicerces do poder e colocar em risco a sustentação do regime.
Do lado oposto - da parte das lideranças das manifestações - o medo e a cautela eram iguais. Dizem que orientações eram repassadas no sentido de evitar badernas, atos de vandalismo, reações agressivas aos agentes repressores, como atirar pedras ou jogar os incendiários coquetéis molotoves. A preocupação em não dar pretexto para uma repressão violenta.
Pois a onda de protestos que varre o Brasil fez a primeira vítima fatal. E os autores do ato foram os manifestantes, pessoas que saíram às ruas para protestar e fazer reivindicações. O morto? Mais precisamente: A MORTA (sim é no feminino que seu nome é pronunciado) foi nada menos que a famigerada PEC 37 (Proposta de Emenda Constitucional número 37/2011).
Não foi abatida por gás lacrimogênio, tiro ou cassetete. A morte ocorreu por SOTERRAMENTO: votada na noite de ontem na Câmara Federal, foi derrubada pelos 430 (quatrocentos e trinta) deputados que votaram contra sua aprovação. Somente 9 (NOVE) deputados deram o voto favorável à sua aprovação. Conseguiu, a PEC 37, apoio de apenas 2% (dois por cento) dos parlamentares presentes no plenário.
O enterro foi sem choro nem vela. Retificando: o fim da PEC 37 foi pranteada por ladrões de verbas públicas, pois a tal Emenda Constitucional propunha impedir que o Ministério Público continuasse com o poder de investigar certos tipos de crime capazes de trazer fortuna e alegria aos assaltantes do dinheiro do povo.
E teve quem acendesse vela, sim. Mas as velas coloridas usadas em festas de aniversário e com função puramente comemorativa. Velas acesas por integrantes do Ministério Público e pelos manifestantes que têm saído às ruas em protesto contra erros, desmandos e impunidade dos corrutos, dentre outros motivos.
Pois é:
Povo impaciente:
Corruto gemente,
Ladrão temente.
Consta que durante o "período de exceção" (eufemismo criado para amenizar o termo DITADURA), o grande temor das autoridades era o risco de morte de um manifestante de rua. Quando ocorria uma passeata ou qualque outro tipo de ato coletivo de protesto contra os detentores do poder e a situação política de então, a palavra de ordem repassada às tropas de repressão resumia-se nas seguintes palavras, ditas de forma enfática, quando não proferidas aos berros: NÃO ME TRAGAM UMA VÍTIMA!
Em outras palavras, a determinação consistia em uma advertência para NÃO MATAR UM SÓ QUE FOSSE dentre os chamados MANIFESTANTES DE RUA. Reprimir, sim! Com uso de força, mas tendo o cuidado para não causar morte(s). Por muito pouco não repetiam as palavras do Marechal Cândido Rondon em relação ao trato com os índios: Morrer Se Preciso For; Matar, NUNCA!
Por que o pavor? Ora, a morte, decorrente de ação das forças militares, de alguém que se opunha ao governo certamente desencadearia uma comoção nacional e fortes críticas no exterior, dois ingredientes com potencial para abalar os alicerces do poder e colocar em risco a sustentação do regime.
Do lado oposto - da parte das lideranças das manifestações - o medo e a cautela eram iguais. Dizem que orientações eram repassadas no sentido de evitar badernas, atos de vandalismo, reações agressivas aos agentes repressores, como atirar pedras ou jogar os incendiários coquetéis molotoves. A preocupação em não dar pretexto para uma repressão violenta.
Pois a onda de protestos que varre o Brasil fez a primeira vítima fatal. E os autores do ato foram os manifestantes, pessoas que saíram às ruas para protestar e fazer reivindicações. O morto? Mais precisamente: A MORTA (sim é no feminino que seu nome é pronunciado) foi nada menos que a famigerada PEC 37 (Proposta de Emenda Constitucional número 37/2011).
Não foi abatida por gás lacrimogênio, tiro ou cassetete. A morte ocorreu por SOTERRAMENTO: votada na noite de ontem na Câmara Federal, foi derrubada pelos 430 (quatrocentos e trinta) deputados que votaram contra sua aprovação. Somente 9 (NOVE) deputados deram o voto favorável à sua aprovação. Conseguiu, a PEC 37, apoio de apenas 2% (dois por cento) dos parlamentares presentes no plenário.
O enterro foi sem choro nem vela. Retificando: o fim da PEC 37 foi pranteada por ladrões de verbas públicas, pois a tal Emenda Constitucional propunha impedir que o Ministério Público continuasse com o poder de investigar certos tipos de crime capazes de trazer fortuna e alegria aos assaltantes do dinheiro do povo.
E teve quem acendesse vela, sim. Mas as velas coloridas usadas em festas de aniversário e com função puramente comemorativa. Velas acesas por integrantes do Ministério Público e pelos manifestantes que têm saído às ruas em protesto contra erros, desmandos e impunidade dos corrutos, dentre outros motivos.
Pois é:
Povo impaciente:
Corruto gemente,
Ladrão temente.