SOBRE O SIM, O NÃO, O TALVEZ
Republicação na manhã de 25 de junho de 2013
Quando eu só dizia SIM, quem sabe – é bem provável - por achar que assim "comprava" o afeto das pessoas, as pessoas todas me amavam, ou eu cria que todas elas me amavam.
Aprendi o TALVEZ e passei a dizê-lo: o amor – ou a manifestação do amor - das pessoas por mim foi se tornando cada vez mais algo dúbio.
Desde que comecei a dizer NÃO, a pessoas e a vários sistemas, tanto a chama do amor – ou a manifestação da chama do amor - delas, pessoas, quanto a chama do "amor" deles, sistemas, foram progressivamente bruxuleando... bruxuleando...bruxuleando... de tal modo que hoje - parece-me - tais chamas são de velas sempre prestes a apagar de vez, a qualquer momento.
Bem diz título de música muito antiga de Chico Buarque e de Rui Guerra, música de, deveras, outros tempos históricos (Ah, como são irônicos os trajetos da história do mundo, da história do país, e também da trajetória das histórias pessoais!), um dos temas da peça Calabar: "VENCE NA VIDA QUEM DIZ SIM.”
Na manhã de 14 de maio de 2010; republicação na manhã de 25 de junho de 2013, com algumas "pequenas" alterações no último parágrafo.