Quatro Cigarros
Um cigarro. Dois. Sempre busco no primeiro cigarro a ansiedade para o relaxamento do segundo. São onze horas da noite. O relógio do som do carro me mostra seus números azuis.
A cidade adormece. O silêncio traz reminiscências do dia que eu tento esquecer e não lembrar. Penso… Uma menina atravessa... perna torta quebra cabeça catástrofe. Paro o carro. Há sangue no vidro. Meu carro amassado. Maldita. Deve-se ter um grande castigo para os suicidas que, ao morrerem, prejudicam outros. Isso é crime.
Um cigarro. Dois. Sempre busco no segundo cigarro o relaxamento para a ansiedade do primeiro. São onze e meia da noite. O relógio do som do carro me mostra seus números vermelhos.