PODER DA RELIGIÃO, DO ESTADO E DO CAPITAL NAS QUESTÕES DA SAÚDE E DA EDUCAÇÃO.

As questões relativas à saúde e a educação do ser humano, nos primórdios da civilização, eram tratadas pelas lideranças religiosas, tanto é que nas sociedades primitivas a figura do curandeiro era um misto de médico, professor e sacerdote, cuidava das doenças do espírito e da matéria, daí se dizer que as doenças têm sua origem no lado invisível dos seres humanos, isto é no espírito, com reflexos na parte visível, palpável, ou corpo material dos seres vivos,

Os sacerdotes, rabinos, curandeiros, feiticeiras, magos, detinham o conhecimento das ervas, folhas, cascas, raízes, flores, e demais matérias primas fornecidas pela natureza e combatiam os males físicos e espirituais através das benzeduras, cânticos, danças, chás, ungüentos, emplastos, defumações, etc. aliviando as dores e sofrimentos das pessoas da comunidade que pertenciam.

Por outro lado, eles também comandavam rituais fúnebres, encomendando-lhes a alma, quando ocorria a divisão da essência humana x matéria, devolvendo a primeira ao Criador, figura presente em todos os credos desde os primórdios da história universal. Enquanto que o corpo inerte ou era cremado ou enterrado em lugares especiais onde, de quando em vez, eram cultuados pelos descendentes na condição de ancestrais.

Assim sendo o poder religioso era o responsável pela educação, saúde envolvendo aí o combate às doenças do corpo e da alma dos indivíduos, tanto é que não só cuidavam dos enfermos como também dos funerais administrando hospitais e cemitérios. Com o passar de vários séculos passou a dividir com o Estado essas tarefas que após algum período passaram a fazer parte da gestão de governo.

Hoje esses serviços tendem a passar para a iniciativa privada, existem escolas, universidades, plano de saúde, hospitais, clinica particular, além da prestação de serviços fúnebres e cemitérios parques para atender a população nas comunidades do mundo moderno.