Geração Acordada - para além dos partidos políticos, mas Politizada
Toda época traz consigo a sua geração, como nestes tempos pós-modernos trouxe esta dos Movimentos que a mídia reporta em todos seus canais. Ela, a nova geração, é protagonista desta tendência que não se deixa representar por nenhum partido político. Pois se cansou dos velhos idealismos e todos demais ‘ismos’.
Mas é altamente politizada porque ela sabe o que quer: uma humanidade renovada, renascida, holística, sem corrupção, que preocupada consigo, se preocupa também com o meio ambiente: recursos naturais e demais seres vivo.
No Brasil esta geração está sendo chamada de Geração Vinagre.
Já tivemos a Geração Iê-iê-iê que viveu o início da Guerra Fria onde o ‘CapitalISMO’ digladiava com o ‘ComunISMO’. E no Brasil conheceu o Golpe de 1964 onde, depois do qual, houve a Juventude Engajada de um lado e do outro a Jovem Guarda.
Veio a Geração Coca-cola. Cansada dos movimentos do “direitISMO” (Direita) e “esquerdISMO” (Esquerda) viu o fim da Ditadura Militar e o fim da Guerra Fria.
Sentindo-se traídos apareceram no Brasil a Geração Cara Pintada que ineditamente causou a destituição de Collor. E se no Brasil isto se fez, a Geração Estadunidense elegeu um negro, Obama.
E agora, a Geração Vinagre.
Poderia ser simplesmente a Geração V, uma vez que muitos usam a máscara do protagonista do filme “V de Vingança”. Entretanto, não querem vingança contra ninguém. Querem honestidade, querem banir a corrupção, querem se livrar de estigmas que embaçam a corrupção e promovem ufanismos como ‘Brasil, o país do futebol’, ‘Brasil, o país do sexo fácil’, ‘Brasil, o país do jeitinho brasileiro’. Querem é garantia de um real futuro e querem cuidados com a Natureza.
Então, veio o termo Geração Vinagre. Porque seus integrantes recomendam que, quando a polícia usar gás lacrimogêneo contra os bárbaros, oportunistas, vândalos que querem fazer uso de seu movimento para proveito próprio ou que não lhes são próprio e genuíno do movimento a que se propõem, os verdadeiros reivindicadores devem sentar-se ao chão e usar vinagre para cortar o efeito do gás lacrimogêneo.
Em todo movimento temos dois extremos: os traidores, por se ligarem a outras causas, quer pessoais ou oposta à raiz do movimento; e os extremistas, que se aproximam da barbárie, quer por serem oportunistas ou por serem exagerados em suas paixões.
No Brasil, tivemos a figura expoente do primeiro caso – traição – na pessoa de Joaquim Silvério dos Reis, um português envolvido em causa de interesse do nacionalismo brasileiro que nascia com os Conjurados Mineiros.
Na França, exemplo do segundo caso – extremismo – a figura de Robespierre que levou a nação francesa ao Terror.
E se a Geração Mineira teve quem traísse os interesses da Geração Oitocentista do Brasil Colonial, quem são os traidores do movimento da Geração Vinagre?
São o “peesedebistas”, que pensam que o Movimento é antipetismo. São os “peteiros”, que pensam que o Movimento reivindica a eleição de “pessedebistas”.
O que quer a Geração Vinagre? Reiteramos que querem o fim dos estigmas que iludem (como “Brasil, país do futebol”), querem saúde, querem educação, querem cuidado com o planeta, querem honestidade nas coisas públicas, querem amor ao próximo, ao solo, aos animais e à vegetação e tudo que gera sustentabilidade.
Parece que O Gigante gerou uma juventude que acordou. Eles acordaram e concordam com propostas que tragam renovação.
É a geração que despertou nestes junhos de inverno tropical provocando verão humano.
Ah, e com eles, os brasileiros de todas as gerações verão novos tempos.
A Geração Vinagre faz o Brasil acordar do Romantismo, emoção e sofrimento, para o Pós-moderno, realidade e praticidade.
Leonardo Lisbôa,
Barbacena, 22/06/2013.