Ascensão e Queda da Dinastia do PT (1)

"Você pode enganar algumas pessoas o tempo todo ou todas as pessoas durante algum tempo, mas você não pode enganar todas as pessoas o tempo todo." (Abraham Lincoln)

O povo brasileiro, através de manifestações públicas, corre agora atrás do prejuízo, tentando reparar um dos maiores erros eleitorais dos últimos tempos no Brasil; ter entregue o Brasil à corrupção e politicalha do PT, desde 2003. Como isso aconteceu?

Desde a época que eu era bancário no Rio de Janeiro, na década de 60, que registro com repulsa a ação vil e antipatriótica dessa corja que monopoliza o cenário político do Brasil há muitos anos; nesse tempo, rotulados de "comunistas" ou "esquerdistas", eles incentivavam os estudantes e trabalhadores - os inocentes úteis - a lutarem pelos regimes políticos de Cuba e Moscou, que nunca deram certo nem mesmo para cubanos e russos. Ante a perspectiva de o Brasil tornar-se um novo satélite comunista, as elites econômicas e as Forças Armadas entraram em quase pânico e, financiada e tutelada pela CIA, estourou a Revolução de 1964, que nos custou 25 anos de feroz ditadura militar. Quem eram eles? Fernando Henrique, José Serra, Leonel Brizola, José Dirceu, José Genoíno, Lula e Dilma e outros.

Depois que os militares se cansaram do Poder e o devolveram aos civis, os "comunistas" e "esquerdistas" vestiram outras camisas: Fernando Henrique tornou-se Ministro da Fazenda do Governo de Itamar Franco e logo após, presidente do Brasil; José Serra foi eleito senador por São Paulo, depois Ministro da Saúde do Governo Fernando Henrique e, logo após, prefeito e governador de São Paulo, e Leonel Brizola tornou-se governador do Rio de Janeiro; enquanto isso, Lula e a sua trupe (Dirceu, Genoíno e Dilma), empunhando a bandeira vermelha do PT botavam o bocão no mundo, na condição de "ferozes cães de guarda" do povo brasileiro: berraram contra a corrupção do Governo Sarney, berraram contra a corrupção do Governo Collor/Itamar Franco, berraram contra a corrupção do Governo Fernando Henrique!

E, de repente, Lula, um especialista em greves no ABC paulista e contumaz perdedor de eleições para presidente do Brasil, teve uma chance imperdível: numa dessas campanhas, a de 2002, os candidatos que reuniam melhores chances eram José Serra, Ciro Gomes e Roseana Sarney. José Serra tinha pouco carisma popular, além de ser o candidato de Fernando Henrique, desgastado por 8 anos de um governo conservador; Ciro Gomes ia bem, até dar uma infeliz declaração de que "O lugar de mulher era na cozinha", o que lhe valeu cair para os últimos lugares nas pesquisas de intenção de votos; Roseana Sarney era mulher e fazia uma boa administração no Maranhão e subia rapidamente nas pesquisas de intenção de votos (3º lugar) quando o seu marido foi pego com a mão na botija, isto é, com um milhão e trezentos mil reais, em seu escritório da Lunus - uma grana cujos fins nunca foram devidamente explicados - fato que tornou inexequível a sua candidatura a presidente da república. Então, o nome de Lula despontou como uma boa opção, ele, que, pela sua origem humilde e militância esquerdista, parecia ter "a cara do povo brasileiro". E começou o Lula-lá; ao ver-se assim, Lula rapidamente tratou de convencer a Igreja, as Forças Armadas e as elites econômicas de que não era mais nem comunista nem esquerdista e que iria apenas governar uma nação. Simples assim.

Mas não foi tão simples. Na verdade, não havia nenhum motivo para temer o "esquerdismo" de Lula, como, de resto, de todo o PT. Era tudo somente fachada política. Aboletou-se no Planalto, à frente de uma nação que arrecada rios de dinheiro com impostos, de vez que o brasileiro tem nas costas a carga tributária mais alta do mundo - superior a 30% de tudo que compra - montou a sua biografia de "O Filho do Brasil", o nordestino-que-veio-para-a-cidade-grande-de-pau-de-arara e, de quebra, a lenda de que "enfim, havia um trabalhador no Poder!" Após isso, visando perpetuar o PT no Poder, chamou para o seu lado inteligentes e maquiavélicos marqueteiros, que criaram Programas populistas de alto custo e destinados, na verdade, a manter na inércia de uma tão insuficiente quanto indigna assistência social, uma grande parcela da população pobre do Brasil, antes ativa, mas agora, de pires na mão, à espera das esmolas do Bolsa Família e Bolsa Escola. Por que se preocupar com Educação, Saúde e Segurança? Ah, o povo não precisa disso, precisa é de futebol e carnaval, e de uns trocados para tomar umas pingas! E José Dirceu, um dos líderes da militância esquerdista do período pré-ditadura militar, passou a comandar, junto com José Genoíno - o guerrilheiro comunista - a maior rede de corrupção política jamais vista neste país: era o Mensalão e dizer que Lula-lá "não sabia de nada" é subestimar a nossa inteligência.

Após ser cognominado de "Filho do Brasil" e de ter acumulado uma respeitável fortuna, o esperto cabra da peste - impedido pelos nossos instrumentos constitucionais de se perpetuar no Poder, como fez o Chávez na Venezuela - passou o seu bastão e a sua herança de populismo desenfreado à sua fiel escudeira, Dilma Rousself , mas, antes, porque queria ver o Brasil brilhando nas estrelas, assumiu o tremendo compromisso social e financeiro de promover duas Copas e uma Olimpíada, cujo valor total supera os orçamentos anuais para a Educação e para a Saúde. Dilma, lépida e fagueira, aboletou-se rapidamente na cadeira do seu mestre e guru político, jamais suspeitando de que que povo brasileiro era sim, pacífico, mas nunca passivo. A revolta e a surda indignação de todos os setores da sociedade brasileira era uma bomba de efeito retardado. E se explodiu agora, nas mãos da ex-guerrilheira urbana, foi por um simples motivo: ela não teve a humildade e bom senso suficientes para deter ou reprimir a escalada de corrupção e iniquidade pelo PT que, fatalmente, atingiria limites políticos, financeiros, sociais e morais insuportáveis
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Santiago Cabral
Enviado por Santiago Cabral em 22/06/2013
Reeditado em 22/06/2013
Código do texto: T4353095
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