O GIGANTE ACORDOU
Multidões foram às ruas reclamar e a voz rapidamente adentrou em cada capital. As ruas foram tomadas por: jovens, adultos, velhos e crianças. Era o povão clamando por mudança. As autoridades fizeram ouvido de mercador, e o que era pra ser uma simples passeata, tornou-se um barril de pólvora prestes a explodir.
Os sinais eram claros: críticas aos gastos excessivos com a Copa das Federações, e tudo que tivesse ligação com a forma que os representantes faziam uso do dinheiro público. Os brasileiros clamavam por segurança, por saúde, por educação... Afinal, mereciam respeito.
Cartazes aos milhares, bandeiras, gritos, apitos, etc. O povo reivindicava seu direito. Um grupo infelizmente passou a destruir, fugindo do propósito do que se buscava. Propostas estavam sendo lançadas. O Gigante acordava, como setor organizado expelindo suas mágoas e suas decepções para com os representantes do povo. O Estado mostrava sua impotência diante da crise. Não dava para esperar, permanecer calado, suportar tanta indiferença.
Tudo isso não surgiu do nada. Há décadas que o povo suportava; o fogo estava surgindo por debaixo do monturo. E no maior dia das reivindicações – na quinta feira - mais de um milhão e meio de pessoas marchando por uma causa. Será que foi apenas nesse momento que a Presidente Dilma e outras autoridades resolveram se pronunciar? Infelizmente, muitos daqueles que foram eleitos pelo povo esqueceram que precisariam continuar falando pelo povo, usando a língua do povo, olhando pelo povo.
O povo brasileiro, apesar de maltratado em excesso, não perdeu sua capacidade de gritar. Cadê o povinho acomodado, servil, despreparado, despolitizado, abestalhado? A resposta está aí, para que todos possam ver que o Brasil tem voz. Acredito que, se esse povo se calar, seu peito vai explodir por causa de tanta dor. Se for para morrer, morramos reivindicando, porque devemos amar a pátria amada e morrer por um Brasil mais justo.
21/06/13