Em princípio um amor ideal é difícil de definir de forma específica.  Mas isso não me impede de tecer considerações a partir do meu idealizado protótipo do que seria um amor suficiente para preencher minhas lacunas emocionais.  Dessa forma, um amor ideal visto através de um insight de mim mesmo, seria um amor que me convencesse que realmente sou amado exatamente nos moldes do consenso geral desenvolvido pela maioria dos romancistas, cineastas e poetas, sem deixar de levar em consideração o uso e costumes da minha localização geográfica na face da terra.

 Assim, sinto que sou amado quando me defronto com atitudes e palavras que me dão certeza desse amor.  Quando o prazer da companhia manifesta-se de forma clara e explícita.  Quando toda e qualquer oportunidade de ficar juntos não é desperdiçada sem que haja um motivo realmente forte e convincente. E ainda, enquanto houver aptidão de ambos os lados, que haja o desejo peculiar que deve existir entre duas pessoas que se amam, pelo menos nos momentos de aconchego.  Digo pessoas porque não poderia deixar de englobar as tendências do amor entre aquelas do mesmo sexo.

Contudo, quero falar sobre a emancipação da mulher que mudou completamente aquela figura de sexo-frágil de outrora.  A mulher independente transformou completamente o cenário do dia-a-dia.  Entretanto, penso que persiste enrustido dentro de cada uma delas, salvo excessões, o mesmo sexo-frágil de outrora, mas mascarado de forma sutil e enganadora.

O ambiente de trabalho colocou-a a mercê de amizades de diferentes nuances.  E, nesse sentido, considerando a diversidade de atributos visuais e intelectuais de cada um, há sempre colegas com os quais ela lida durante a jornada de trabalho e que as encantam. Portanto, não seria justo deixar de reconhecer que, o sexo frágil remanescente, diante de uma crise existencial ou conjugal, se deixe levar por tais encantos, até porque isso não ocorre de forma diferente com o homem. Um risco não calculável existe, mas se deixássemos de sair de casa por conta de alguma bala perdida, ficaríamos prisioneiros enclausurados dentro de casa pelo resto da vida!

Por conseguinte, por uma simples questão de bom-senso e inteligência, em prol da família, que é o bem mais precioso que possuímos, eventuais deslizes devem ser compreendidos, desde que ainda haja ânimo e motivação prazerosa que justifique a união e a persistência do casal em manter a integridade da família, penso eu.

Té...