ORDEM.
Não é preciso ser jovem ou maduro para entender que os conflitos sem discussão pacífica a nada levam. A ordem de interesses, pelos quais se move a sociedade, para ser conquistada, há de buscar a ordem.
Ninguém deve lutar por direitos de forma a extinguí-los. Quem quer ver seus direitos preservados deve exercê-los com sabedoria, e ela reside na força do pleito reivindicado com justiça e tranquilidade, no leito da paz, nunca pela força e pela desordem.
A liberdade que possibilita exercício dos direitos é o maior dos direitos. É indispensável que a tanto atinja o discernimento. O cidadão consciente e livre não deve dar chance a oportunistas de desequilibrarem o ambiente democrático que saudavelmente vive o Brasil. É por vivermos esse estado de direito, de liberdades públicas, que podemos recusar qualquer iniciativa tendente a reprimir a livre expressão e a movimentação da cidadania responsável em suas tutelas.
O limite do exercício do direito, que repele o excesso, é a lei, que consagra o direito, definidor do interesse econômico e moral que protege.
Ver a massa pacífica mostrar civilidade em oração silenciosa, cidadã, da presença que marca, sem vandalismos, violências, sinalizadoras de despreparo político e desconhecimento democrático é confortante. Só pelo pensamento e pela representação popular se chega a sempre possível harmonia social. O único meio de realizar direitos se faz através do sufrágio universal, como dizia Norbeto Bobbio, o notável jurisfilósofo, “cada cabeça um voto”.
Em sentido contrário, violar a ordem, impulsionado pelo descrédito da violência, preocupa, intranquiliza, desmerece o estágio a que chegou o Brasil, de conquistar pela representação, a necessária e
esperada posição no cenário mundial.