CRÔNICAS DE UMA VIAGEM II

MEU BRASIL PARAENSE.

Ilha do Mosqueiro, a 80 80k de Belém.Poderia ser mais bonita se fosse melhor cuidada. Sua orla é totalmente arborizada e o turista pode até descansar em redes.Paisagens deslumbrantes, por do sol propício para o deleite do olhar.Quiosques simpáticos, comidas a gosto do cliente.Aguas mornas, praias de baia. A ilha não é banhada pelo oceano.Após as cinco horas, na praça principal da ilha, barraquinhas com comidas típicas, como tapioca , pato no tucupi, vatapá, caruru, mingau de farinha de tapioca, tacacá e o indispensável açaí.Indo a Belém, vale muito conhecer.

Em Irituia, minha cidade de origem, a tranquilidade das cidades interioranas, visitas aos parentes, alguns vivendo em sítios privilegiados pela vegetação exuberante e com árvores frutíferas como castanheiras, cajueiros, coqueiros, taperebazeiros, mangueiras, pés de café e de cacau. Saboreamos chocolate puro. Muito banho nos igarapés dos sítios para refrescar do calor escaldante e muita galinha caipira e peixe assado na brasa para aguçar o paladar.E por fim, a hospitalidade dos familiares e uma descoberta surpreendente. O Sr. Oséas, amigo da família,já nos seus 80 anos, conheceu meu pai e afirmou que ele chegou em Irituia ainda criança, vindo de Portugal com os pais.Eu não sabia deste meu pé europeu.Isso explica a cor de meu pai, branca e seus olhos azuis como contas e tambem a cor dos olhos de todas as filhas. Bom conhecer um pouco mais das raízes.Viajar pelo interior do Pará é conhecer um pouco da Amazônia.Ainda há muita mata nativa despertando a cobiça dos madeireiros, imensas plantações de açaí, pimenta do reino e agora o dendê ganhando espaço com apoio do governo.Mas, muitos igarapés estão sumindo e nem sempre, os que ainda resistem, são tão limpos como outrora.Muitos igarapés,em cujas margens havia muito barro para o fabrico do tijolo, existem hoje imensas crateras que em breve serão aterradas para a instalação de serrarias. Entretanto, percebe-se o nascimento de um consciência de preservação da floresta e isto é uma postura recente.Esperemos que prevaleça frente aos interesses dos que querem desmatar o pulmão do mundo.