Diário de Sonhos - #039: Mãe Preta
Sonhei que estava caminhando no jardim ao redor de uma casa grande. Era dia. Mais ao fundo tinha um grupinho tocando pagode. Agora estou ao lado da uma rodovia, à noite. Carrego uma garrafa de vinho. Estou de volta à casa grande, mas agora estou dentro. Da escuridão uma velha vem até mim, praticamente levitando. Ela usa um saião de cigana e tem o rosto pequeno, com olhos penetrantes. É a mãe preta, uma mulher que conheci na minha infância. Mas ela tem os cabelos brancos, tão brancos que parece algodão. Ela chega bem perto e coloca as mãos sobre meu rosto. Fica cara a cara comigo, olhando fixamente nos meus olhos e fala coisas numa língua que eu não entendo. Agora estou do lado de fora da casa de novo e ouço cachorros raivosos latindo. Saio correndo. Agora estou numa espécie de antigo templo maia. Por todos os lados há armadilhas de fogo e lâminas gigantescas. Ouço os cachorros latindo novamente. Me coloco bem em frente às armadilhas, de modo que os cachorros são mortos por elas. Um cachorro entra não sei como. Tento fugir, mas piso numa armadilha e espinhos gigantes levantam do chão e me empalam.
Aí eu acordei...
Dezesseis de junho de dois mil e treze.