O SER.

Este lado imaterial do homem que caracteriza seu interior, por vezes muito rico e também paupérrimo quase majoritariamente, em ações, atitudes e sentimentos, e pior, nas asas da pretensão, vem com razão, e não muito proveito, sendo burilado pela história através do tempo.

Se o estudo antropológico coloca-o em suas devidas medidas, pó animado que ficou de pé e caminhou, a psicologia e a filosofia demonstram e provam, que erigido em pensamento, suas palavras e obras, na dissecação de suas conquistas para avaliar sua estatura, avançou pouco. É assim o homem, e O SER. Constatou-se sua diminuta compreensão para o encaminhamento da humanidade na tão sonhada harmonia. Mas isso não inibe a continuação de sua caminhada para tentar sair, de vez, das trevas para luz.

O ser de bondade, deixa de ser pura pretensão, é o alvo, o ser que alcança razoáveis ministérios de exemplos e deixa de ser um ser em disfunção de apreensão, para ser um ser do entorno, enciclopédico, com conhecimento circular, sem caricaturas. Um ser que conhece seu interior, nunca vai ser um ser despreocupado com o todo só visibilizando a parte. Um ser que não tem a ceguidade da qual nos falava Vieira, filosófica, com disfunção de apreensão, nunca vai ser um ser que só tem dois olhos, pois não será um ser com antolhos, incorporará os cem olhos de Argos, figura mitológica grega.

Um ser pleno é um ser que é, como dizia Dante Alighieri: “Color che regionando andaro a fondo S´accorser desta innata libertade Pèro moralità lasciaro al mondo”.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 16/06/2013
Reeditado em 16/06/2013
Código do texto: T4343961
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