"VAIAS AO VENTO"

ENSAIO

(MAVI)

Este meu texto é apenas uma manisfestação de sentimento, uma opinião sobre o que ocorreu ontem por ocasião do jogo de abertura oficial da Copa das Confederações, Brasil versus Japão, ocorrido lá em Brasília no recém construído estádio biliardário Mané Garrincha, oportunidade em que vaias das arquibancadas ceifaram o discurso do Presidente da FIFA e o da nossa Presidenta da República .

Hoje ao abrir a minha porta vi lá a mancehte no jornal em negrito, sobre o todo ocorrido.

Ainda não li a reportagem, todavia, o que ocorreu ontem instiga o sentimento de qualquer brasileiro que exerce e contribui com a cidadania.

Hoje não são muitos nessa condição, infelizmente, a despeito dos esforços que dizem implementar em prol dos filhos da Nação.

Mas parei para pensar: Primeiramente sinto que a compostura nacionalista deveria ser resgatada por todos, líderes e liderados.

Num momento social tão crítico, de tantos sérios problemas nacionais, todos eles relacionados à infraestrutura da cidadania agonizante dilapidada ao longo do tempo, não é novidade que haja contestações cívicas. Faz parte de qualquer Democracia.

O problema é a forma e o palco bem como as repercurssões sociais e políticas que delas advenham, a fazer até com com que vaias soem como apalusos, ou saiam pela culatra da cidadania.

Vou me explicar melhor: entre nós, existe uma corrente danosa do pensamento, também muito veiculada pela mídia, que entende que todos os que se diferenciam em algo são participantes duma elite que não tem representação política de peso:

Não importa como o cidadão rompeu os "feudos" invisíveis e chegou ao que hoje se classifica e se denomina "elite".

Chego a sentir que hoje até a dignidade mínima virou "elite".

Assim, a "elite" pode ser considerada como alguém que apenas estudou na universidade, ou alguém que tem casa própria e emprego, ou alguém que pensa e se coloca discordante duma tendência, alguém que come três vezes por dia, sei lá, enfim, soma-se à tão direcionada classificação oportuna das nossas elites o forte poder de toda e qualquer "vitimização" social que gera um subliminar (e muito triste )confronto de classes num momento em que todos brasileiros deveriam dar as mãos..

Então alguém peguntaria:Quem foi a "elite" paradoxal que ontem vaiou o poder legitimado? Foi a elite que o legitimou?

Digo paradoxal porque a critica que vaia...é a mesma que paga ingressos onerosos para legitimar um espetáculo em meio à atual agonia da sociedade.

Seria como pagar , vaiar e apaludir o seu próprio coliseu ...não seria?

Sinto que a força que encantou na entonação do nosso HINO NACIONAL talvez seja muito mais representativa do nosso sentimento do que "vaias ao vento".

Não sei se me expressei a contento, todavia sinto que se criou um fato político muito interessante a ponto de que um bom marqueteiro (como muitos que existem entre nós) conseguiria transformar o limão da nossa Presidenta numa boa limonada Suiça...bem ao gosto da FIFA.

E vamos aos jogos confederativos porque, mesmo as "elites" inventadas,nenhuma delas é de ferro...