Ele Só Queria Ser Feliz

Esse é o tipo do conto que não se pode explicar. Ele era um moço bonito, tinha lá seus 17 anos, sua beleza contagiava mas sua verdade o desencorajava!

Tudo que o bom moço tinha, ele poderia ter, menos a vida, a liberdade a aventura. Seus pais religiosos, ensinaram o filho o caminho verdadeiro, o caminho a seguir, com prisões, medos etc. Ele só queria voar, mas lhe contaram as asas antes de que ele pudesse pensar. Sua vida era resumida em agradar os outros, seus pais o tinham como exemplo dos outros três filhos que possuíam, eles eram felizes eram tristes.

O jovem, queria voar, mas tinham lhe mostrado um caminho, e nem se quer opinar sobre este ele pode, pobre menino, não sabia que estava morto.

Na escola, na rua, o tal jovem era o motivo das atenções, as moças, belas raparigas se derretiam quando ele passava, ele estranhava, mas gostava.

Quando estava sozinho, escrevia, lia, pensava na menina! Pensava em coisas, era confuso, era poeta, era crítico.

A vida para ele não estava boa, mas ele tinha que levar, pois lhe cortaram as asas e ele não poderia mais voar. Ele sonhava com uma família, que compreendesse o que nem ele compreendia, sonhava com um Deus de amor, e não de ódio como os dos seus pais.

O rapaz tinha uma namorada, ela também era uma bela moça, o preenchia, o escondia!

Passeios, shopping, praia, sua vida era boa, mas ele não poderia voar.

Cresceu, a exterior mudou, o interior, em nada tinha mudado.

Quando seus momentos de tristeza o abraçava ele ouvia música, beber ele não bebia, era o tipo do rapaz certo para qualquer mulher, e o incerto para todos os homens.

Sua empresa lhe arrecadava grandes fundos, sua fortuna era grande, mas não comprava a liberdade, a verdade as asas. Seus pais faleceram, e ele conheceu uma pessoa, tão bela quanto a namorada que ficou pra trás por não aguentar!

Mas ficaram só amigos, uma amizade bonita, a ponta da liberdade parecia estar começando a chegar! O rapaz jovem, se sentia mais livre, seu coração estava mais aberto, talvez a nova amizade lhe trouxe essa paz, essa alegria.

Um dia o belo rapaz decidiu não viver mais a sombra de ninguém, e com a ajudada da não mais nova amizade, e mais intima também ele voou.

Hoje ele viaja, guarda no coração a imagens de deus pais, seus amigos, mas não guarda mais suas palavras, guarda somente a vida, guarda somente os dias, ele acordou antes do tempo, ele voou.

Tem uma família bonita, e sua amizade continua a jorra vivacidade até hoje. O rapaz encontrou o que passou a vida inteira tentando matar, simplesmente porque entendeu através da amizade, que é normal.

Ele voou. Ele está voando, sem se preocupar para onde está indo.

Arthur Montenegro
Enviado por Arthur Montenegro em 16/06/2013
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