GEORGE WASHINGTON CARVER

Uma querida amiga, me trouxe uma caixa cheia de livros.
Por motivo de mudança, ela não tinha mais como ficar com eles.
Apaixonada como sou por livros, desde minha infância, logo que me sobrou um tempinho, fui até a caixa, com os olhos brilhando de interesse.
O primeiro livro que vi, me convidou de cara a abrí-lo e lê-lo, tratava-se da história de um homem brilhante de caráter e inteligência. Seu nome George Washington Carver.

Quando comecei a ler, fiquei pensando, em que planeta eu estava, que até agora não sabia da existência desse homem, tão singular, tão incrivelmente sábio e bom.
Carver, nasceu nos Estados Unidos por volta de 1864, no estado de Missouri.
Essa criança, tinha tudo para não dar certo, filho de escravos, portanto de pele negra, nem sobrenome tinha, com um ano de idade, foi resgatado da morte certa pelo preço de um cavalo.
Porém as páginas finais do livro, contam a história de um gênio da ciência, uma gigantesca figura humana, digna de figurar, como aconteceu, na galeria dos grandes vultos da cultura americana.

Esse menino, mirrado e órfão, foi criado pela bondade do ser humano, e desde cedo mostrou sua habilidade ilimitada, para o saber, uma curiosidade norteou desde cedo sua vida, e descobrir, pesquisar, criar, era o que o motivava e preenchia sua vida.
Enfrentou todo tipo de preconceito, de humilhação, mas nunca deixou-se envolver por sentimentos de odio, revolta.

Com Susan Carver que o acolheu em sua orfandade, aprendeu a fazer tricô, ficava olhando-a tricotar, e improvisou duas agulhas com penas de peru, e desmanchando um pé de meia velha, criou um longo fio, assim aprendeu a tricotar.
Mais tarde com Mariah Watkins, aprendeu a lavar e passar roupa. Aprendizado, que lhe foi útil, montou uma rustica lavandeira, e lavando roupas ganhava para se manter.
Ele queria aprender, estudar, frequentar escola, em um tempo em que negros, não tinham esse direito, e foi somente por sua determinação e coragem, que conseguiu, entrar para uma escola de crianças negras.
George, queria cursar uma faculdade, depois de muito insistir em 1891, conseguiu entrar para a faculdade de agricultura, mas, foi avisado que teria que fazer suas refeições na cozinha, com os trabalhadores negros da instituição.
Conta o escritor Rackham Holt, que certa vez uma senhora levantou-se da mesa ao ver que eram negras as mãos do garçom que a servia, as mãos de George. Diz o escritor: "O nome dessa mulher não ficou na história, o de George ficou".
Em 1939, Carver recebeu a medalha Roosevelt, em reconhecimento pelos serviços prestados a ciência.
Em 1941, foi convidado pelo presidente da Universidade de Rochester para receber o titulo de "Doctor of Science"
Em 1942, a Fundação Thomas Edison, lhe prestou homenagem.

Sempre me pergunto, que força era aquela que impulsionou o menino pobre, órfão, e o levou ao ponto em que pessoas eminentes reverenciavam nele seu talento e a bondade de seu coração generoso.
Suas descobertas, não foram protegidas por patentes e direitos de exclusividade, porque ele nunca com isso se preocupou. Elas continuam a ser úteis, a todas as pessoas, mesmo aquelas, que assim como eu, nem sabia, que tinha sido descoberta pelo cientista e professor Carver.

E como disse o autor, na introdução do livro:
"Sonho com o dia em que nossos caminhos possam tocar-se em alguma esquina cósmica. Tenho a certeza de que estarei, nesse momento mágico, perante um ser iluminado que se realizou pela fé em Deus e nos destinos da humanidade, através da bondade, da arte, do amor ao trabalho e da genialidade, na mais pura das suas manifestações, porque desprovida de vaidades e arrogâncias."

Me emocionei do começo ao fim da leitura, sobre esse homem ilustre que foi George W. Carver. E fiquei pensando no preconceito, que ele sofreu. Muitas vezes ouço ou leio alguém dizendo: não gosto dos Americanos, ou dos Argentinos, ou dos Alemães, e mesmo dentro do seu próprio país, dizendo não gostar de Paulistas, ou Cariocas, e penso: o preconceito é sentimento que exclui. Como não admirar um homem como George W. Carver, por exemplo, o que importa onde ele nasceu, diante da alma sensível, e do talento extraordinário que possuía.
Reproduzindo o desejo do autor do livro, eu também um dia, gostaria de encontrar-me, com o professor Carver, por uma das esquinas Cósmicas.

(Imagem: Lenapena)

Obs.: O Arjofe, pediu-me o nome do autor do livro, e percebi que havia deixado de citar. Aqui vai: HERMÍNIO DE MIRANDA


Lenapena
Enviado por Lenapena em 15/06/2013
Reeditado em 16/06/2013
Código do texto: T4342526
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