EDUCAÇÃO BRASILEIRA – PRIORIDADE ZERO (Uma crônica impactante!)
Que a educação é a base de uma vida de êxito, não há como negar, até porque um indivíduo detentor de conhecimento enxerga o mundo com um olhar de quem sabe o que vê, visualiza além do que lhe é proposto.
O ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, dizia que “a educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”. Essa é uma verdade incontestável, pois sem educação não há conscientização, pois somente ela pode reverter o quadro mais complexo e aparentemente imutável de parte de uma sociedade que caminha na escuridão de uma existência sem vida e forma.
É certo que muito já foi feito pela educação brasileira, porém sabemos que há muito por fazer.
Segundo dados no INEP, de 3,9% do PIB (Produto Interno Bruto), investidos na educação, em 2001, subiu para 4,7% em 2008, e já estamos em 5,7%, porém está em andamento para subir para 10%. Tudo dependerá da aprovação da presidenta Dilma Rousseff.
A realidade é que é necessário discutir a gênese da qualidade da educação, na prática, e não somente como uma mera utopia, mas encarnar esse discurso em ações que gerem resultados positivos.
Quando lembramos que o governo gasta em um mês com um presidiário o que gasta em sete meses com a educação, nos estarrecemos e percebemos o quão distante o Brasil está de uma educação de qualidade profícua.
Em Juazeiro do Norte, município do Ceará, o prefeito decidiu reduzir os gastos dos cofres públicos e iniciou, sem uma análise criteriosa, pelo salário do professor, afinal, pra que mexer em outros setores, se a educação nunca foi prioridade e sempre foi relegada em segundo plano?
A aprovação na Câmara dos Vereadores, para tal disparate, foi um sucesso. Eles, que não tiveram seus salários reduzidos, não contestaram. Os dez mil reais mensais ganhos para participarem de somente duas sessões semanais, mantém-nos numa situação confortável.
Para se ter uma ideia do futuro salário do professor de Juazeiro do Norte, o educador pós-graduado, passará a receber R$807,44 por 20 h/aula semanal. Isso é um ultraje, uma completa vergonha e desrespeito para com aquele que é o responsável pela formação direta do indivíduo, enquanto cidadão e profissional.
Quanto vale um bom professor que prepara o aluno para o futuro? Vale menos do que um vereador? Pelo visto sim!
Eu diria que é preciso com muita urgência trabalhar e investir na base da educação, em seu nascedouro, e não existe outra forma, que não através da valorização de seu personagem principal – o professor, aquele que é o mediador do conhecimento, que usa de forma didática e dinâmica seus conhecimentos e os coloca como uma ponte, pela qual o educando atravesse, a fim de alcançar a outra margem, a margem do saber, do conhecimento de si mesmo e do mundo ao seu redor.
Chega de procrastinar esse bem tão necessário que não pode mais ser colocado em segundo plano.
Chega de vãos discursos que só levam a uma asfixia desgastante e vazia de planos e projetos que, geralmente, são destinados ao habitual e já esperado fracasso.
É necessário romper o silêncio da indiferença política e ecoar bem forte o desejo ardente de uma urgente ação que retire das entranhas do anonimato um modelo de educação que realmente valha à pena.
É preciso discutir e confrontar as ideias para que a educação respire ares puros, com seus docentes valorizados e discentes satisfeitos com seus resultados.
A educação brasileira pede SOCORRO!!!