O Tão Falado
Romantismo Masculino
Um brinde à nossa safadeza
porque, ao nosso romantismo, ninguém dá valor.
Amanda Rayla
porque, ao nosso romantismo, ninguém dá valor.
Amanda Rayla
Cantava numa banda e fomos convidados para nos apresentarmos em um shopping, na noite de 12 de junho. Vixe! Além de dia dos namorados é meu aniversário de casamento. Não deu outra: marido emburrou! Para evitar a provável terapia de casal, necessária caso eu insistisse, recuei. Meu consolo: marido estaria arquitetando alguma surpresa.
Imaginei-me chegando em casa, sendo recebida com jantar à luz de velas, frutas, queijo, champanhe, música suave, flores... Sobre a cama, um lingerie novo que ele, com a voz lânguida, me pediria para estrear.
Nem em sonho! Acordou-me o racional.
Champanhe tudo bem, mas frutas e queijo? Só se for banana e mussarela.
E o lingerie? Ele saberia comprar pra mim, mas lembraria de lavar as peças antes? Du-vi-do!
O imaginário reage:
Ah! Quem sabe alguma das irmãs ajudou?
A realidade revida:
É nada! Quando muito, um presente. E olhe lá!
O romantismo ainda insiste:
Que falta de fé! Pela carinha que ele fez, com certeza pensou em alguma coisa bem linda!
Já em casa, sou recebida pelas cachorrinhas e nada do marido. Pensei:
A surpresa deve estar lá no quarto.
Sim! Lá estava ela! E que surpresa! Meu amado marido: de pijamas, computador no colo, TV ligada.
Não acreditei:
- Você sabe que dia é hoje?
Olhou na tela do micro:
- 12 de junh... Ih, amor, eu esqueci!
Nem respondi. Voltei pra cozinha, coloquei um Lambrusco no Freezer e uma pizza congelada no forno. Botei a mesa com umas velas em cima. E ele andando atrás de mim, pedindo desculpas. Tirei a pizza do forno, servi. Ainda estava meio emburrada, mas decidi fazer a noite valer a pena. Afinal, por ela, havia aberto mão de uma grande paixão: cantar. Jantamos, peguei o vinho, voltamos para o quarto e mais eu não conto, ou vão censurar esta coluna.
Homem é mesmo bicho desligado, nem aí pra romantismo. Aprendi! Agora, vou marcar cerrado! Vou repetir que eu gosto de surpresa, champanhe, queijos, frutas, jantares afrodisíacos à luz de velas e lingerie sexy, devidamente lavado.
Se ele prestar atenção, no próximo dia dos namorados, conto como foi. Senão, vamos precisar mesmo de um bom terapeuta de casal!
Texto publicado em minha coluna de hoje do jornal Alô Brasília e reeditado do texto Homem é Fogo de 13/06/2008.
Imaginei-me chegando em casa, sendo recebida com jantar à luz de velas, frutas, queijo, champanhe, música suave, flores... Sobre a cama, um lingerie novo que ele, com a voz lânguida, me pediria para estrear.
Nem em sonho! Acordou-me o racional.
Champanhe tudo bem, mas frutas e queijo? Só se for banana e mussarela.
E o lingerie? Ele saberia comprar pra mim, mas lembraria de lavar as peças antes? Du-vi-do!
O imaginário reage:
Ah! Quem sabe alguma das irmãs ajudou?
A realidade revida:
É nada! Quando muito, um presente. E olhe lá!
O romantismo ainda insiste:
Que falta de fé! Pela carinha que ele fez, com certeza pensou em alguma coisa bem linda!
Já em casa, sou recebida pelas cachorrinhas e nada do marido. Pensei:
A surpresa deve estar lá no quarto.
Sim! Lá estava ela! E que surpresa! Meu amado marido: de pijamas, computador no colo, TV ligada.
Não acreditei:
- Você sabe que dia é hoje?
Olhou na tela do micro:
- 12 de junh... Ih, amor, eu esqueci!
Nem respondi. Voltei pra cozinha, coloquei um Lambrusco no Freezer e uma pizza congelada no forno. Botei a mesa com umas velas em cima. E ele andando atrás de mim, pedindo desculpas. Tirei a pizza do forno, servi. Ainda estava meio emburrada, mas decidi fazer a noite valer a pena. Afinal, por ela, havia aberto mão de uma grande paixão: cantar. Jantamos, peguei o vinho, voltamos para o quarto e mais eu não conto, ou vão censurar esta coluna.
Homem é mesmo bicho desligado, nem aí pra romantismo. Aprendi! Agora, vou marcar cerrado! Vou repetir que eu gosto de surpresa, champanhe, queijos, frutas, jantares afrodisíacos à luz de velas e lingerie sexy, devidamente lavado.
Se ele prestar atenção, no próximo dia dos namorados, conto como foi. Senão, vamos precisar mesmo de um bom terapeuta de casal!
Texto publicado em minha coluna de hoje do jornal Alô Brasília e reeditado do texto Homem é Fogo de 13/06/2008.