SÃO PAULO: CAOS TOTAL
Multidão nas ruas, policiamento ostensivo, gritos, choros, tiros, bombas, jornalistas – caos total. Em meio a tudo isso há os que não participam da passeata - os que desejam apenas voltar em paz pra casa. Ainda no meio da passeata, há um número pequeno de pessoas que estão ali para fazer baderna; não estão ali pela causa. Resultado: inocentes machucados, injustiça cometidas e se no início a população fica do lado dos manifestantes; depois de certos acontecimentos, volta-se contra os mesmos.
Aumento de passagem de ônibus e de metrôs. A população clama por um transporte mais confortável, mais segurança, profissionais aptos e o direito de ter mais linhas de transportes – andam qual ‘sardinha na lata’. Os governantes e empresariado dizem que não podem recuar. Para eles, o aumento é justo, que os vândalos merecem cadeia, etc. Povo sofrendo, empresários folgados, governo falando grosso, mas quando chega às eleições... O quadro muda.
Meu povo tem memória curta... Sofre, é pisoteado ‘feito sapo nas patas de boi’, leva borrifo de gás lacrimogênio no rosto, é recebido ou enxotado à bala de borracha. Porém, no dia que em os ‘engravatados’ vão às ruas ou chegam a casa desse povo, o mesmo só falta desmaiar porque ‘recebeu o excelentíssimo fulano de tal’; que por sinal, tem o hábito de prometer ‘mundo e fundo’; desde que o tal povo vote neles. É beijo, é abraço, é sorriso – o cheiro do povo é ‘perfume francês’.
Sou a favor da ordem. Detesto alvoroço, balbúrdia, invasão e destruição do alheio. Qualquer tipo de violência me constrange a recuar, porém, há momentos que é preciso reivindicar, usar a voz para reclamar – afinal estamos numa democracia. Conquistamos esse direito, por esse motivo e pelas vidas que lutaram pra chegar aonde chegamos, devemos zelar por ele. Nunca esqueçamos que o meu direito termina quando o do outro começa.
Lutemos, mas sem o uso da violência. É um direito adquirido. Para frente é que se anda.
14/06/13