A Dor Que Não Estanca

E a dor de ver ele ir era uma fornalha ardendo.Brasas que não sabiam apagar. Inflamando o coração que evitava outras cinzas. Queimando memórias e reduzindo lembranças , escureciam nas esperança de existir

E o sol queimando a esperança que doía, ia dissipando as primavera que esperei viver com você.E sem nenhum sinal de apagar escreveu na parede: adeus .E doía ainda que não pudesse falar, porque palavras não diziam aquela dor. Eram imagens percorrendo pesadelos que evitavam amanhecer.

A dor tem um destino desconhecido quando queremos que ela estanque.Ela urge ser vivida e insiste em sobreviver. Adormecida de viver se acolhe na passagem dos tempos e nas emoções que nos perturbam.Ela não sobrevive de desistir de doer. Vulgar e permanente transcende na força de continuar aflita .É o cerne dos que não abandonam a tempestade das dúvidas, e desnorteada e exausta de não entender, instiga futuros mais fortes numa outra direção. Sem temer vai crescendo na madrugada que a iniciou . Emoção alguma a incomoda, pois ela se permite ser ainda que o tempo abandone seu destino.Dona de todas as coisas, aceita a próxima jornada .Suportando a lapide do desassossego que não vingou , valoriza as manhãs que o coração não teve certeza de bater. E certo do que ainda não entendeu vai desesperada e consuma sua chegada. Se acomoda e fica. E pra quem deseja partir ela se esconde e finge forçar noites adentro, e enquanto adormece desfaz as forças de estar pra sempre no coração de quem partiu

Rosangela Brunet

Rosângela Brunet
Enviado por Rosângela Brunet em 14/06/2013
Reeditado em 17/06/2013
Código do texto: T4340606
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