Imigrantes e "imigrantes"
Há imigrantes e "imigrantes".
Eu estou há mais de três anos sem ir ao meu Brasil porque fui tratada como se eu viesse para outro país para fazer desordem.
Foi o visto de residência mais difícil que eu já conheci em toda a minha vida... embora eu não tenha nunca conhecido nenhum outro.
Mas a questão não é apenas essa. Isso é apenas uma parte da minha história que eu só quero trazer comigo em relação à minha aprendizagem para a minha "pouca" existência: Por pior que possa parecer ou ser a situação do meu país... É a minha pátria!
E o homem vive disso... Dessas fronteiras e trincheiras com os critérios que eles acham justo e determinam.
Fora as humilhações nas Universidades, quando eu queria apenas fazer um curso. Só tem noção quem já passou por isso. E você torna-se um "nada" jeitoso, até arrumadinho... Andando pelas ruas.
Onde reside o "glamour"?
Mas, enfim... o que eu questiono é por quê um país como o nosso, rico, gigante e belo... De um povo geralmente alegre e trabalhador - (eu falo do povo!) - "abre as portas" e escancara! E todo mundo estuda e/ou trabalha... E logo é visto como um "irmão"? ...
Quem dera todos os países fossem tão "generosos" quanto o meu Brasil... E fico eu confusa, hoje em dia! Não sei com quem está a "razão".
Mas de uma coisa eu estou certa: Se tem uma coisa que eu aprendi demais, foi a amar... Ainda mais... O "meu" chão.
Nós trazemos conosco essa "coisa mesquinha" do "meu lugar"...
Mas... O que se há de fazer?
E sabem por quê eu não volto de vez, não é mesmo? ...
Não consegui um só encontro marcado com a dignidade das condições de vida do meu Brasil...
Temos uma corja de ladrões no (des)governo).
Uma quadrilha que, nem de perto, é junina!
Eu, particularmente, só gosto das juninas.
Ando eu tal um passarinho... Pousando em batente quente!
Sem chão! ... Sem chão!
Brasileiro ainda tem muito o que aprender.
E eu me incluo, claro.
"Só há dois tipos de ser humano: os bons e os maus."
Esta frase eu ouvi num filme indiano. Nunca mais esqueci.
Mas então vamos entrar em "outros departamentos".
E entrarão, então, com as questões da "relatividade" deste mundo moderno caótico.
Valha-me Deus! ...
Eu sou uma ignorante utópica.
Karla Mello
11 de junho de 2013
karlamelopoemas.blogspot.com