CALABOUÇO EXISTENCIAL
Muitas vezes, nas curvas da vida, deparamo-nos com o inesperado; decepções que julgávamos improváveis, se materializam de forma brusca e cruel, desabando nosso colorido mundo, trazendo-nos dor e dissabor, tornando-se uma dura realidade.
Ficamos estáticos, sem poder de reação, de prosseguir na jornada.
Nada parece fazer sentido; é como se a estrada de nossa existência sinalizasse o fim, Fim de uma história marcada por traumas de uma vida sem sentido algum.
Questionamo-nos em relação a nós mesmos, à nossa origem e ao passado, em parte desconhecido.
São tantas perguntas e nenhuma resposta.
As cicatrizes do passado deixaram marcas profundas que fazem-nos lembrar de uma era angustiante, quando sorriamos por sorrir e vivíamos como o palhaço que chora.
Nada mudou; o palco de nossa vida é o mesmo e o palhaço continua fingir que está feliz.
A platéia o aplaude, mas nem se dá conta de seus fantasmas interiores, de seu caos existencial.
De repente, um pequeno brilho luminoso aparece no fim do túnel. O palhaço desce do palco e se depara com alguém que ali esteve e experimentou exatamente o que ele sente. O sorriso deste é contagiante, envolvente, absorvedor.
O curioso personagem apresenta-se e relata a fórmula de seu sucesso. Ele diz que para brilhar no palco da existência, precisou antes de tudo vencer seus fantasmas interiores e apreciar a vida não pelo que ela podia lhe dar, mas pelo que ela significava para ele.
Viver intensamente simplesmente pelo prazer de viver é acreditar que a vida vale à pena e que não existe o ontem e nem o amanhã, mas somente o agora, pois o ontem passou e o amanhã é uma incógnita.
Aprenda a amar sua vida do jeito que ela se lhe apresenta, com qualidades e defeitos, com inverno e verão.
Seu amor curará as feridas, superará seus traumas e lhe dará um novo sentido pra viver.
Ao ouvir tais palavras, o palhaço chora, só que dessa vez não de tristeza, mas de emoção.
Ele então decide sair do calabouço de seu passado e viver ardorosamente cada segundo, como se não houvesse o amanhã.
O palhaço sai de cena e eu assumo o seu lugar. Não choro mais a dor da saudade ou de traumas que passei.
Meu nome é vida.
Meu lema é viver.
Meu adjetivo é sobrevivente!
NOTA: Nas duras batalhas da vida a palavra de ordem é SOBREVIVER, portanto, desistir nunca, jamais. Você pode ir além do que imagina. Não deixe que traumas passados afoguem no mar do desânimo sua vontade de viver.
A vida é incrível e é você o responsável por dar os contornos que ela necessita.
Siga em frente. O fim de sua jornada não chegou. Há muita terra a ser possuída.
Você vai vencer, basta tão somente olhar-se no espelho de sua incrível e fabulosa existência e vislumbrar o guerreiro que se apresenta diante de ti.