ERA  O MOÇO DO TELEMARKETING  

Chegou do trabalho, sentou-se no sofá, ligou a TV e a deixou sem som e pensou...Como incomoda a ausência dele , como perturba esta sala sem sua presença e como  fere o seu silêncio... Desde sua partida vinha sendo movida pela tristeza, e quantas  vezes se recusara abrir os olhos por sabê-lo longe ... Agora, estava ali, na sua fortaleza e isolamento consentidos, sentindo-se cansada e farta de tanto sofrer...  Veio-lhe à mente toda a  história de vida juntos, os seus conflitos, sempre resolvidos com racionalidade. Foi quando o telefone tocou, ansiosa atendeu na esperança de ser ele. Ledo engano, era o moço do telemarketing  oferecendo  serviços de um banco qualquer...

 
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 12/06/2013
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