Ossos do dia a dia!

Segunda-feira é o pior dia da semana, o dia da preguiça e do sono, no entanto se tivéssemos a segunda de folga diríamos que a terça seria o pior, então de qualquer forma algum dia será o pior da semana. Bom mesmo seria acordar e descobrir que ganhou na mega-sena, entrar no facebook e postar "Fui!", mas não, a vida não está fácil para ninguém.

E hoje para mim não foi simplesmente o dia da preguiça e do sono, mas também do aperto, não refiro-me a dívidas, afinal é início do mês e já me livrei delas, inclusive meu salário integralmente resolveu pegar carona junto. Refiro-me ao temido metrô, sabem aquele imã de geladeira escrito "Metrô lotado São Paulo eu fui!"? Pois é, deviam criar um assim "Metrô lotado São Paulo todo dia eu vou!".

Lá estava eu no metrô fazendo baldeação na estação Sé, ou melhor, tentando fazer baldeação, passa um, dois, três, quatro metrôs e a fila "não diminue e nem fica pequena". Ok, eu nasci de 8 meses porque eu tenho "muita paciência", mas todos os dias não me resta outra opção a não ser esperar até que em um momento mágico consigo entrar, na verdade eu não preciso me esforçar, pois as pessoas no esforço desesperador de entrar no metrô acabam te levando junto, já houve momentos que meus pés saíram do chão, não ria, isso é sério para não dizer triste.

Mas o aperto não acaba quando conseguimos entrar, lá dentro é até pior, parece uma lata de sardinha e hoje

eu fiquei esmagada junto a um rapaz, ele tinha mais ou menos 20 anos, eu estava em uma posição que meus braços ficaram na frente do meu corpo, logo não consegui segurar em lugar algum, meu apoio era os corpos que me rodeavam. O inusitado ocorreu, o metrô freou e o impulso fez todos se balançarem, a impressão que tive foi que eu iria cair e no reflexo de tentar manter-me de pé adivinhem onde enfiei a mão? É vergonhoso, mas sim, segurei nas partes íntimas daquele rapaz de mais ou menos 20 anos. Ele me olhou assustado e na hora olhei para onde minha mão estava, devo ter ficado branca e falei: "Desculpa moço!"

Foi um daqueles momentos que se houvesse um buraco eu me enterraria, mas isso não iria acontecer, pois eu continuava esmagada junto ao rapaz imaginando o que passava pela imaginação dele, no entanto, nem tudo estava perdido, chegamos em outra estação onde muitas pessoas desceriam e pensei "Ufa, vou desgrudar dele". Desgrudei mesmo, como o metrô estava muito lotado quando as pessoas sairam me levaram junto, eu dizia "Pessoal, eu não vou sair nessa estação" naquele momento quis repetir o ato e segurar mais uma vez no orgão genital do rapaz, mas era tarde demais, eu já estava fora do metrô.