MUITOS AMORES
Por Carlos Sena
Eu sempre tive na vida muitos amores. Uns se foram perdidos nas ondas dos ventos; outros se perderam na vida em busca de aventuras pela ilusão de quererem dispor da vida em suas próprias mãos. Alguns outros amores foram marcantes. Em diversas formas de amar, mas foram marcantes e marcados. Lembro-me de um amor em Sampa que foi tão passageiro quando um piscar de olhos. Certa tarde, a gente se perdeu de nós sem nunca nos ter marcado encontro. O ultimo episódio foi o do ketchup – o pote se espatifou em sua blusa e tudo ficou meio parecido com sangue de filme que usa ketchup para simular um tiro. Certo dia a gente não pode mais se telefonar, pois eu perdera seu telefone e, como não havia celular, ficamos imaginando que o tempo pudesse nos fazer encontrar, mas o tempo não nos atendeu. Eu sempre tive, repito muitos amores. Muitos ardores também. Amores doloridos, sofríveis e sofridos. Amores que mal começaram chegaram ao final. Mas, marcaram justo no modelo de que os amores não se medem pelo tempo de permanência. Alguns amores marcaram e nunca sumiram da mente. Coisas ficaram – simples como agua da fonte. Lembro-me de um amor que adorava pipocas. Lembro-me de outro amor que morria de medo de subir em escada rolante. Na época, a escada mais famosa do Recife era a da loja Viana Leal. Era elegante subir e descer naquelas escadas rolantes! Tive amores, sim. Daqueles à moda antiga e que até mandavam flores. Amores tupiniquins também e por que não? Bem ao gosto de “os brutos também amam”, mas amores.
Por Carlos Sena
Eu sempre tive na vida muitos amores. Uns se foram perdidos nas ondas dos ventos; outros se perderam na vida em busca de aventuras pela ilusão de quererem dispor da vida em suas próprias mãos. Alguns outros amores foram marcantes. Em diversas formas de amar, mas foram marcantes e marcados. Lembro-me de um amor em Sampa que foi tão passageiro quando um piscar de olhos. Certa tarde, a gente se perdeu de nós sem nunca nos ter marcado encontro. O ultimo episódio foi o do ketchup – o pote se espatifou em sua blusa e tudo ficou meio parecido com sangue de filme que usa ketchup para simular um tiro. Certo dia a gente não pode mais se telefonar, pois eu perdera seu telefone e, como não havia celular, ficamos imaginando que o tempo pudesse nos fazer encontrar, mas o tempo não nos atendeu. Eu sempre tive, repito muitos amores. Muitos ardores também. Amores doloridos, sofríveis e sofridos. Amores que mal começaram chegaram ao final. Mas, marcaram justo no modelo de que os amores não se medem pelo tempo de permanência. Alguns amores marcaram e nunca sumiram da mente. Coisas ficaram – simples como agua da fonte. Lembro-me de um amor que adorava pipocas. Lembro-me de outro amor que morria de medo de subir em escada rolante. Na época, a escada mais famosa do Recife era a da loja Viana Leal. Era elegante subir e descer naquelas escadas rolantes! Tive amores, sim. Daqueles à moda antiga e que até mandavam flores. Amores tupiniquins também e por que não? Bem ao gosto de “os brutos também amam”, mas amores.