Dia dos Namorados? Ter ou Ser eis a questão... -
“não é só com beijos que se prova o amor” slogam criado por João Dória publicitário contratado pelas lojas Clipper, em 1948, para alavancar as vendas no mês de junho. Esta é a origem o dia dos “ Namorados” no Brasil. O dia 12 foi escolhido por ser a véspera do dia do Santo católico Santo Antônio considerado “santo casamenteiro”. Já os EUA como vários Países europeus comemora-se em 14 de fevereiro dia de São Valentinnos .O Bispo católico Valentin por volta de 270 a.C desobedeceu as ordens do imperador romano Claudius II que proibiu o casamento entre jovens nesta época e desta forma aumentando o contingente de seu exército.O Bispo Valentin foi preso e condenado a morte. Conta a estória que este antes de morrer na prisão apaixonou-se pela filha cega de um carcereiro e que a ela deixou um bilhete apaixonado, motivo pelo qual a data de sua passou a ser celebrada como o dia dos “Apaixonados”.
Consoante pesquisas o dia 12 de junho é uma entre as datas mais rentáveis para a economia do País. João Dória que eu saiba, e tampouco seus descendentes lucraram com seu slogam e tampouco creio que tenha se dado conta das proporções que sua idéia tomaria tanto na economia quanto o efeito psicológico sobre as pessoas que ainda hoje influenciadas pela data comovem-se sem sequer conhecer a origem desta e pior outras entristecem e chegam a deprimir-se por não possuírem “alguém para chamar de seu” . Outros chegam a sofrer e até endividarem-se para adquirir um “presente” à altura de seus sentimentos. Outros com auto estima baixa chegam a comparar sentimentos através do valor com o qual presenteiam e são presenteados. Além do que, a mídia fomenta a cobrança social. Os publicitários utilizaram e continuam a manipular as massas conhecedores vulnerabilidade, desconhecimento e carência da maioria da população.
O paradigma torna-se nítido nestas datas, o “ ter” sobrepuja o “ ser” e mudá-lo num País que possui um modelo para lá de insustentável não é tarefa fácil. Cabe a cada um resistir aos apelos do selvagem capitalismo e o único caminho que conheço é gerir outros modos de existir que estimulem o pensamento que leva fora do aprisionamento por produzir o respeito próprio; a liberdade do sujeito.