O amor da piedade

E há um momento na vida que alguém tem que olhar pra você nem que for por pena.

Não é mais uma historia de Era uma vez..., muito menos um mar de rosas como sempre acontece.

A mocinha dessa história queria ser princesa, mas só conseguia se vê “sapa”, feia, gorda, chata, boba e outras coisinhas maquiavélicas que somente ela mesma conseguia enxergar.

A coitadinha vivia como “mártir” e capataz da própria história, ela se fingia de invisível e ao mesmo tempo tentava fazer com que o mundo a visse, seu olhar quase gritava e sua voz rouca na multidão era desprezada.

Até que um dia, nem mais nem menos que ao meio dia, exatos meio dia em horário britânico, em que se preparava pra sair, a mocinha fita a janela e por de trás daquele vidro endurecido e estatizado em sua frente, um príncipe a admira e com medo do príncipe só enxergar uma sapa, se esconde.

Ela se esquece dele, mas a vida parece ser algoz daquela mocinha e mais uma vez o coloca em sua vida, com medo de abrir a boca ela só olha encantada aquela maestria de beleza tão esplendorosa. Ele pergunta seu nome, mas a balbucia de seus lábios não a deixam responder, ele o olha e indaga: Por que estás tão calada? Ela treme e não responde nada.

Ele fica tonteado com a beleza gritante daquela moça, mas nota a tristeza em seus olhos.

Por que ela não o responde? De que tem medo? Por que é misteriosa e se esconde? Ele se pergunta.

E todos os dias a pergunta a ela as mesmas indagações de sua mente, e acontece como aquele ditado que diz: ‘água mole em pedra dura tanto bate até que fura’, a sapinha princesa diz a ele que não se sente como princesa. Ele se revolta com aquela cena e se vê obrigado a partir daquele momento em tornar os dias daquela mocinha mais agradável.

A mocinha se recusa a receber os elogios, orgulhosa acha ser piedade.

O príncipe insiste a sua sina em agradá-la, apaixonado tem certeza ser amor.

E a sina de amor piedoso, e piedade no amar dura até hoje e a sapa mesmo sem querer é a princesa mais feliz desse mundo.