Mais uma historinha de amor

A turbulência de um sonho acordado se deu pela manhã quando notei que aquela perfeição de estar em seus braços, tinha se acabado e ido embora com súbito e amargo susto, que deixou em mim um estranho cheiro de lavanda e a cor púrpura de suas folhas, foi então que a mim veio àquela abstinência de estar em sua presença e quem sabe poder te abraçar, mas como toda estorinha de contos de fada em que a mocinha sonha com o príncipe, só sonha até encontra-lo a minha só se assemelha a primeira parte, a semelhança dessa fantasia com a realidade que essa moça aqui sonha, acaba por aí, sonhar com o seu príncipe encantado.

Quer sonhar dormindo quer acordada, a mocinha dessa história, sonha.

Não pode ser culpada por sonhar, um príncipe que pra ela já tem nome, sobrenome, endereço e tantas outras facilidades de identificação, já é o alvo, porém, inatingível. Parece pessimismo, prefiro realidade. Porque estou tão perto e tão longe dele.

Sonhar com ele, é vagar pela lembrança daquele nosso primeiro e último beijo, seus lábios tão doces e tão maravilhosos, e seu olhar decaído ao meu e a brisa que nos tocava trouxera novamente o cheiro desconhecido do amor.

Mas me torturo ao inevitável sonhar e depois acordar como se fosse tudo aquilo real, e parar e ver que o parecia ser nunca foi e que teu olhar, suas doces e gentis palavras nunca me foram pronunciadas com tanta ternura.

Mas a realidade, na verdade não me frustra por que sei que lá no fundo de tudo isso, é real. Só que temes muito mais que eu. Temes ser arrebatado de tal forma que não volte mais a me olhar como me olhavas. É compreensível, o amor está tão adormecido há tanto tempo, que até ele mesmo tem medo de o sentir.

Acredite, o meu conto de fada é tão real e sua realidade tão bruta, que quem ouve tal história jura que é exagero, pessimismo e é um tanto solitário. Pode até ser isso tudo, mas não deixa de ser amor.

Porque amor é isso, essa mistura de amores, dores, cheiros e desejos. Essa sinestesia perfeita, a turbulência e a harmonia da vida.