VIOLÊNCIA SEM AZIMUTE
VIOLÊNCIA SEM AZIMUTE
A violência tem conturbado a população brasileira, suas chagas dilacerantes já estão albergando-se na mídia escrita. Transformando os grandes matutinos permeados de escritos malogros, comburentes que transformam as informações saudáveis em ervas daninhas. Aliando-se as más, pela relevância, proporcionam uma psicose destruidora da cultura, em enormes percentuais, com apregoada informação danosa, deletéria e infernal. O leitor já não tem escolha, está à mercê das notícias geênicas que aquarelam a maioria dos cadernos, que deveriam transformar a vil violência na cultura do bem. Os leitores a cada dia que se passa, tornam-se pusilânimes dos fatos violentos e degradantes, estampados em todas as páginas e cadernos dos jornais diários. Todos, sem exceção são confeccionados visando única e exclusivamente expor a assimilação da violência. Fornecer uma leitura fasta e eugênica, nos mesmos moldes educativos é fruta rara no dia-a-dia do leitor e dos grandes apreciadores da mídia impressa.
As abluções permeiam, fazem morada, nos levando a angústias, ao medo adrenalizando nossos corações. A mídia impressa deixou-se levar pelo impacto da violência insensata, perniciosa que apavora e mata, levando o redator a se tornar presa do pélago. Anseios macabros, indolentes, pseudo, não amenizam labores dos empresários da comunicação, pois a sina é vender e arrecadar, mesmo que esteja em jogo a desgraça alheia. A concorrência, a disputa pelo mercado está inebriando a imprensa, imantando a violenta desnorteadora nas edições jornalísticas. A boa cooperação não é processo fácil de receber concurso alheio. Virtude não é flor ornamental. É fruto abençoado do esforço próprio do jornalista, que deve usar e engrandecer no momento oportuno. A tolerância tem limites e o direito sacrossanto dos leitores e telespectadores, não é respeitado nas horas de suas refeições.
Os programas policiais extrapolam e execram a ética jornalística. Ensinar não é ferir é orientar o próximo, amorosamente para o reino da compressão e da paz. Em ocasiões, a própria mídia televisa mostra com nuanças o procedimento das vítimas para se livrarem das artimanhas dos meliantes. Na realidade ela entrega de bandeja o modus operandis da defesa, aos que se completam com o ataque cruel e assassino. Grande carga de responsabilidade extermina a existência daquele que ainda não ultrapassou a compreensão comum. Sejamos fiéis aos nossos princípios, usando o jargão popular, afirmamos que: “Quanto mais se mexe na porcaria, mais ela fede”. Os responsáveis pelo controle da segurança sem trabalho digno serão vítimas do tédio que apodrecerá suas energias. Senhores e senhoras autoridades vamos tentar amainar essa violência que corrói, enferruja e aniquila tudo e a todos.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ACADÊMICO DA ALOMERCE.