CRÔNICA DE UMA VIAGEM I.
Algodoal, ilha de pescadores, a 180 km. De Belém.O acesso é pelo município de Marudá, após travessia de 12km. pelo Rio Marapanin, que mais parece um mar, de tão largo que é.Com 500km. de área, 2000 habitantes, 700 eleitores, pousadas simples, culinária regional, gente simples e gentil, ruas sem calçamento, carroças puxadas por burros ou cavalos, como meio de transporte, assim é a ilha. Pesca e turismo são as principais atividades econômicas.Cada pescador tem o seu curral e a sua rede de pesca onde o peixe fica preso a espera da coleta.Pela ocupação do espaço que pertence a natureza e ao município, os pescadores pagam uma taxa para a prefeitura.
Quanto ao uso das carroças, os condutores investem R$ 2.000,00 nos animais, R$ 400,00 na carroça e R$ 3.000,00 na linha.Ter uma carroça sua, é sonho de consumo de muitos nativos.
Nos hospedamos na pousada Ponta do Boiadouro, quarto com ar condicionado, frigobar, café da manhã e vista especial para a praia. Durante a noite, o movimento da maré traz a água até o deck da pousada. As oito da manhã, uma enorme extensão de areias alvas e limpas.Para chegar até o mar, 1 km. de extensão! Maravilha da natureza.Princesa, Caixa Dágua e Farol são as principais praias.O Lago da Princesa, com suas águas cor de coca-cola é uma atração turística.
Por enquanto, os nativos ainda são os donos da ilha, mas os franceses começam a chegar, com ofertas tentadoras pelos terrenos.
O Pará é um estado com um enorme potencial turístico, mas ainda carece de qualificação no atendimento, de cuidados com suas cidades.Mas, recomendo conhecer a Ilha de Algodoal. Quem gosta do contato direto com a simplicidade e com a natureza, vai gostar.