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ÓCIO DESLUMBRANTE
ÓCIO DESLUMBRANTE
O dicionário Aulete Digital tem algumas definições para o ócio:
1. Repouso, folga, suspensão do trabalho – Lazer, Vagar;
2. Lapso do tempo em que se descansa;
3. Ociosidade, falta de ocupação;
4. Moleza, preguiça: Malandrice, Vagabundagem, Indolência;
5. Fig.: Trabalho mental ou ocupação do espírito que não exige grandes lucubrações.
Como vimos, nenhuma definição para o ócio traz uma mensagem positiva, mas sim uma certa dose de ironia, fazendo crer que todo aquele que pratica o ócio é, no mínimo, um vagabundo social.
Será que é assim mesmo? Não será possível existir aquele ócio gostoso, indolente e até produtivo para o seu bem estar? Respondo, pelo menos por mim: não concordo integralmente com tais definições, pois acho perfeitamente possível existir, além dos citados, até um ócio cultural e deslumbrante.
— Ócio cultural e deslumbrante?
— Sim, por que não?
— Então, explique!
— Explico. (se você reside em cidade turística pode não ser bem assim)
Chega o feriadão, o mundo inteiro viaja e você fica no aconchego de seu lar, sem pensar em nada de importante. Liga a televisão e as notícias que chegam são dos congestionamentos nas rodovias, aeroportos lotados, atrasos nos vôos (quando não cancelados) e assim vai. Aí, pensa: ainda bem que não viajei. Pega o carro e vai ao supermercado: ruas e avenidas com pouco trânsito, o supermercado com pouca gente e pensa de novo: ainda bem que não viajei. Faz as comprinhas, volta para casa, abre uma cerveja bem gelada acompanhada de algum tira-gosto. Esquenta a lasanha no microondas, lava umas folhinhas de alface e corta uns tomates. Está pronto o lauto almoço. Aí pensa: ainda bem que não viajei. Depois, uma breve soneca, uma longa chuveirada e uma caminhada para espairecer. Entra no shopping: está tranquilo, afinal, o mundo viajou para outros lugares. Um lanchinho básico e volta para casa. Liga novamente a TV para assistir ao jornal da noite e vê mais notícias sobre o caos nas rodovias e aeroportos. Pensa: ainda bem que não viajei. Antes de deitar, uma boa leitura, onde complementa o pensamento: hoje foi um dia altamente produtivo. Fazia tempo que não me sentia tão bem!
O exemplo mostra um dia de ócio na vida de um cidadão comum, que decidiu ir contra a maré vazante, e desfrutar horas e horas do mais puro “dolce far niente”. É mais ou menos isso que eu chamo de um verdadeiro “ócio deslumbrante”.
Sempre que necessário deixe-se levar pelo ócio, mas com um importante detalhe: não fique com aquele sentimento de culpa barato que acomete muita gente, pelo simples fato de não estar “produzindo”. Deixe isso para aqueles que não sabem aproveitar a vida no que ela tem de melhor, capaz de oferecer-lhe a verdadeira paz interior.
1. Repouso, folga, suspensão do trabalho – Lazer, Vagar;
2. Lapso do tempo em que se descansa;
3. Ociosidade, falta de ocupação;
4. Moleza, preguiça: Malandrice, Vagabundagem, Indolência;
5. Fig.: Trabalho mental ou ocupação do espírito que não exige grandes lucubrações.
Como vimos, nenhuma definição para o ócio traz uma mensagem positiva, mas sim uma certa dose de ironia, fazendo crer que todo aquele que pratica o ócio é, no mínimo, um vagabundo social.
Será que é assim mesmo? Não será possível existir aquele ócio gostoso, indolente e até produtivo para o seu bem estar? Respondo, pelo menos por mim: não concordo integralmente com tais definições, pois acho perfeitamente possível existir, além dos citados, até um ócio cultural e deslumbrante.
— Ócio cultural e deslumbrante?
— Sim, por que não?
— Então, explique!
— Explico. (se você reside em cidade turística pode não ser bem assim)
Chega o feriadão, o mundo inteiro viaja e você fica no aconchego de seu lar, sem pensar em nada de importante. Liga a televisão e as notícias que chegam são dos congestionamentos nas rodovias, aeroportos lotados, atrasos nos vôos (quando não cancelados) e assim vai. Aí, pensa: ainda bem que não viajei. Pega o carro e vai ao supermercado: ruas e avenidas com pouco trânsito, o supermercado com pouca gente e pensa de novo: ainda bem que não viajei. Faz as comprinhas, volta para casa, abre uma cerveja bem gelada acompanhada de algum tira-gosto. Esquenta a lasanha no microondas, lava umas folhinhas de alface e corta uns tomates. Está pronto o lauto almoço. Aí pensa: ainda bem que não viajei. Depois, uma breve soneca, uma longa chuveirada e uma caminhada para espairecer. Entra no shopping: está tranquilo, afinal, o mundo viajou para outros lugares. Um lanchinho básico e volta para casa. Liga novamente a TV para assistir ao jornal da noite e vê mais notícias sobre o caos nas rodovias e aeroportos. Pensa: ainda bem que não viajei. Antes de deitar, uma boa leitura, onde complementa o pensamento: hoje foi um dia altamente produtivo. Fazia tempo que não me sentia tão bem!
O exemplo mostra um dia de ócio na vida de um cidadão comum, que decidiu ir contra a maré vazante, e desfrutar horas e horas do mais puro “dolce far niente”. É mais ou menos isso que eu chamo de um verdadeiro “ócio deslumbrante”.
Sempre que necessário deixe-se levar pelo ócio, mas com um importante detalhe: não fique com aquele sentimento de culpa barato que acomete muita gente, pelo simples fato de não estar “produzindo”. Deixe isso para aqueles que não sabem aproveitar a vida no que ela tem de melhor, capaz de oferecer-lhe a verdadeira paz interior.
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