SUICÍDIO E CARGO PÚBLICO.

Estava eu almoçando com minha mulher quando viajava, fora do Brasil, e como a intimidade das mesas nos restaurantes da Europa são extremamente próximas, acaba-se por vezes conversando com outros que estão almoçando, até porque a curiosidade com nossa língua com sonorização italiana é grande, e perguntam sempre se somos italianos, e por acaso somos também.

Ouço na mesa ao lado um político brasileiro ser elogiado, e fui indevido repetindo o nome e dizendo em tom mais alto, não. Ele me olhou, pedi desculpas, ele disse que não havia razão para desculpas, e disse eu que falava justamente sobre isso quando ouvi o elogio, e que a corrupção é grande no Brasil. Iniciou-se intensa interlocução educada e proveitosa. Citei exemplos e disse que falava com minha mulher, quando ouvi o elogio, que no país em que estávamos, poucos anos atrás, um ministro das finanças se suicidara por terem descoberto que obteve um aval de um banco para sua média empresa, cavalgando sua influência. Um deles que falava muito bem o português, trabalhou em São Paulo, disse que ele se suicidou para encobrir outros fatos que surgiriam, EU DISSE, APONTANDO VÁRIOS DE NOSSOS ESCÂNDALOS PORMENORIZADAMENTE, QUE SE ACONTECESSE ISSO NO BRASIL OS CARGOS PÚBLICOS ESTARIAM EM GRANDE PORÇÃO VAGOS.... ACHO QUE FALEI A MAIS PURA VERDADE. O DEBOCHE EM NOSSO PAÍS ESTÁ NO LUGAR DA VERGONHA.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 07/06/2013
Reeditado em 10/06/2013
Código do texto: T4330343
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