O futuro começou...
A rapidez com que passa o tempo, muito acelerado pelo avanço da tecnologia dos transportes e da comunicação, modifica o conceito de que o futuro é um acontecimento bem distanciado do presente. Em breve, viajaremos a Marte... Transmutações do comportamento ou modificações da sociedade também deixam pensar que o presente rapidamente será passado. Daí, pelas coisas e fatos que passam como se estivéssemos numa janela de trem de grande velocidade (TGV - Train à Grande Vitesse, tão desejado para viajarmos à Cajazeiras ou Fortaleza), não dá para refletirmos nos fatos, muitos deles injustos, cruelmente praticados bem perto de nós. Tudo isso olhamos, mas não vemos; como uma máquina fotográfica que capta imagem, superficialmente apreendemos, mas não compreendemos e não discernimos ou não distinguimos uma coisa da outra, uma ideia da outra, um fato do outro, um assunto do outro. Bem diz o Livro da Sabedoria: saber é discernir; sabedoria é discernimento. E é isso que, às vezes, falta ao nosso juízo...
Essa falta de discernimento ignora as diferenças. Agitação e corre-corre do quotidiano também diminuem no homem a capacidade de diferenciar o que éramos antes do que somos agora; o que fazíamos antes do que fazemos agora... Ouvindo dois políticos conversando entre si, percebi claramente como eles não estavam distinguindo suas atuais funções a serviço do povo da de antes, da de empresários no mundo dos negócios; lamentavam serem importunados nas suas vidas por deveres e obrigações, indispensáveis à boa fama e à reeleição... Se parte dos políticos lesse, pelo menos, sobre sua função pública, discerniria melhor o seu interesse particular do interesse público. Acordemo-nos, é hora!
Nesse sentido, ouso apresentar a eles e a quem interessar o livro “O Futuro da Democracia” (já na 6ª edição, da Paz e Terra), de Norberto Bobbio, contemporâneo filósofo das ciências políticas, que complementa explicações doutra excelente obra: “O futuro já começou” (” Il futuro è già cominciato”). Ele analisa a democracia em todos seus aspectos históricos e conceituais, da sua aplicação ideal à sua prática real. E, nesses aspectos, contrastes da democracia com a nossa reivindicada aparente liberdade. O livro é mais do que útil a quem discursa aos quatro ventos: “Sou democrata e não abro”. Após a leitura, poderá também saber discursar ao povo, com mais propriedade, sobre a democracia e a sua condução a um “estado de bem estar”, talvez numa sociedade mais justa e igualitária...
Essa falta de discernimento ignora as diferenças. Agitação e corre-corre do quotidiano também diminuem no homem a capacidade de diferenciar o que éramos antes do que somos agora; o que fazíamos antes do que fazemos agora... Ouvindo dois políticos conversando entre si, percebi claramente como eles não estavam distinguindo suas atuais funções a serviço do povo da de antes, da de empresários no mundo dos negócios; lamentavam serem importunados nas suas vidas por deveres e obrigações, indispensáveis à boa fama e à reeleição... Se parte dos políticos lesse, pelo menos, sobre sua função pública, discerniria melhor o seu interesse particular do interesse público. Acordemo-nos, é hora!
Nesse sentido, ouso apresentar a eles e a quem interessar o livro “O Futuro da Democracia” (já na 6ª edição, da Paz e Terra), de Norberto Bobbio, contemporâneo filósofo das ciências políticas, que complementa explicações doutra excelente obra: “O futuro já começou” (” Il futuro è già cominciato”). Ele analisa a democracia em todos seus aspectos históricos e conceituais, da sua aplicação ideal à sua prática real. E, nesses aspectos, contrastes da democracia com a nossa reivindicada aparente liberdade. O livro é mais do que útil a quem discursa aos quatro ventos: “Sou democrata e não abro”. Após a leitura, poderá também saber discursar ao povo, com mais propriedade, sobre a democracia e a sua condução a um “estado de bem estar”, talvez numa sociedade mais justa e igualitária...