Daqui não saio
Não quero viver no país dos outros. Desfrutar de suas civilidades e farturas. Ter trabalho para descobrir as falcatruas de seus políticos; que o objetivo deles serem candidatos por lá é para conseguir benesses para as empresas de suas famílias e assim enriquecerem sempre mais e auferir-se mais poder, num círculo vicioso para assegurar a sua própria perpetuação e a delas neste mesmo poder. Não quero ficar revoltado com os cartéis de preços de combustíveis deles nem me contrariar com impostos altíssimos cobrados do cidadão nesses estados e ainda ter que financiar estradas via tributos nas licenças dos veículos e ainda ser obrigado a pagar pedágios altíssimos por trajetos curtíssimo e taxas de tapar buracos. Deus me livre de precisar de dinheiro emprestado em seus bancos, cujos proprietários só podem ter influência nos governos para imporem juros e taxas tão altas aos credores daqueles países sem nenhuma alternativa. Além disso, não iria querer depender de seus serviços públicos de saúde e correr o risco de morrer à míngua em macas e corredores insalubres e superlotados de seus hospitais, nem viajar em seus transportes públicos cujas empresas prestadoras quase sempre estão ligadas ao financiamento das campanhas eleitorais. Não me migraria para estas nações onde a regionalização afasta um juízo nacional das injustiças porque os gestores locais controlam a mídia pelega e subserviente. Jamais iria morar nesses lugares estrangeiros, cujo espírito que prevalece é o do corporativismo pela ausência mediadora da justiça para todos, onde pesos e medidas são proporcionais aos arrolados em algum ilícito. Não, prefiro ficar por aqui.