OS PRETENSOS INOCENTES QUEREM TIRAR VANTAGEM EM TUDO
OS PRETENSOS INOCENTES QUEREM TIRAR VANTAGEM EM TUDO
“Dentre as suas principais qualidade, como ser inteligente e prestativo, reponta a bondade, a única que faz a felicidade integral. A bondade já está no mais profundo de você, no âmago, como uma pulsação cósmica e divina. Perdoe e tolere”. (Lourival Lopes).
Atualmente, mais que em outros tempos, o mundo tem desenganado e tornado difícil à vida humana. Numa sociedade competitiva por excelência, massificante e indiferente, tornamo-nos pessimistas e embrutecidos. Passamos a achar natural o egocentrismo, o egoísmo, o “cada um pra si”. Porém, quando nesse caos procuramos o amor e o consubstanciamos em nós, subimos um pouco mais rumo à espiritualidade; percebemos que este mundo, esta nossa Terra, está para nós, assim como o hospital está para o doente e que nossas dores são como operações para retirada de tumores: dói na hora, mas depois vem à cura. Será que nesse mundo de meu Deus não existe lugar para felicidade? Será que o Brasil vai conviver com a fome, a miséria, a pobreza, o desemprego, a violência e a drogadização para o resto da vida? Lourdes Carolina Cagete afirma que o pessimista vê o mundo com olhos pequenos.
A Terra é uma oficina da alma. Nossa estimada escritora esqueceu-se de frisar se com olhos pequenos vemos o mundo como pessimistas, imaginem se tivéssemos olhos de coruja! Infelizmente a nossa sociedade não é competitiva, ela é desumana, infiel, devastadora e insolente, pois somente os tubarões conseguem vencer os boanas. Onde estão os tubarões brasileiros? Em alto mar? Não! Eles estão gozando as benesses no Parlamento brasileiro. Desde o governo do ex-presidente Luís Inácio da Silva (Lula) que o brasileiro convive com uma famigerada “Comissão da Verdade”, mas o que é a verdade? Pelo nosso entendimento a verdade se insere na conformidade do conhecimento com o real. Pode está inclusa tanto na realidade como na exatidão.
Sinceridade, boa fé, princípio certo e verdadeiro e representação fiel de alguma coisa da natureza. A deletéria “Comissão da Verdade” não se enquadra em nenhuma sinonímia aqui enumerada. Como podemos admitir que a verdade fosse um viés direcionado para beneficiar somente os que estão no poder agora, mas num passado não muito distante eram perigosos guerrilheiros, terroristas, sequestradores, matadores, e que usavam armas com intuito de implantar as suas ideologias no território nacional. O Brasil tem um regime político e os pretensos torturados tinham outro que não coadunavam com o pensamento político daquela época. Eles criaram uma revolução para derrubar o governo brasileiro, para transformá-lo em comunista e socialista. A instituição que faz a segurança externa, aliada as Polícias Militares (PMS) combateram esses infames guerrilheiros conseguindo vencê-los. Em toda batalha, em todo “Teatro de Operações” é comum vermos mortos e feridos. E foi tão somente isso que aconteceu. Com a anistia eles que estavam em outras plagas conseguiram voltar e até se candidataram a cargos políticos. Hoje estão no poder e querer colocar os militares das FFAA (Forças Armadas) na condição de assassinos e torturadores e esquecem as mortes que eles praticaram os sequestros que fizeram os atos de terror praticados, os assaltos a bancos, a casa de políticos e as explosões que fizeram contra quartéis do exército brasileiro.
No balanço do “Teatro de Operações” tombaram sem vida um número bem maior de militares do que civis. Infelizmente os historiadores de hoje ficam em cima do muro com medo de represálias e repassam para a sociedade tudo errado. Apontem um herói brasileiro do regime atual que governa o Brasil? Aliás, tem muita coisa que não foi apurada como deveria segundo nos informam órgãos da mídia. A morte de PC Farias está envolta em mistério, a morte do Toninho do PT também e para complicar ainda mais não esclareceram como deviam a morte do ex-prefeito de Campinas Celso Daniel. Onde estaria o corpo de Ulisses Guimarães que faleceu num acidente de helicóptero.
Todos os corpos foram resgatados menos o de Ulisses Guimarães. Não estamos aqui acusando ninguém e não é essa intenção, mas ex-presidentes tiveram mortes misteriosas, desde a de Getúlio Vargas até a de Tancredo Neves. E o acidente foi a casa morte da maioria deles. Outro fato que nos chama a atenção é que nenhum ex-presidente do governo dos militares foi beneficiado com pensão vitalícia e seus familiares se sustentam de míseras aposentadorias pagas pelo governo. Hoje, qualquer um que se diz torturado ganha indenização milionária e pensão vitalícia. Quem paga essa despesa? O governo? Não. Quem paga somos nós contribuintes. No início, as ações armadas foram um sucesso. A confiança dos grupos de esquerda chegou a ser tão grande que, em 1968, um militante entrou em um banco paulistano com uma maçã nas mãos e disse: “Assalto outra vez! Todo mundo para o banheiro!” Os militares demoraram a reagir. “Até março de 1969 não havia estrutura montada para a repressão”, afirma um oficial, ativo na época, que não quis se identificar. “Os militantes não assumiam a autoria do que faziam, nem a gente acreditava que eles pudessem estar fazendo aquilo.”
O grande contra-ataque dos militares ocorreu após o seqüestro de Charles Elbrick. “Essa ação foi nosso fracasso triunfal”, diz Flávio Tavares. “Não estávamos preparados para a reação que veio depois.” Em 4 de novembro de 1969, Marighela foi morto a tiros no bairro dos Jardins, em São Paulo. De setembro de 1969 a janeiro de 1970, 66 aparelhos foram descobertas, 320 pessoas foram presas e 300 armas foram apreendidas. A guerrilha nunca mais seria a mesma. “Da explosão da bomba no aeroporto dos Guararapes ao seqüestro de Elbrick, as organizações armadas têm uma narrativa de ações. Depois da morte de Marighela, começou uma crônica de cadáveres”, diz o jornalista Elio Gaspari em seu livro A Ditadura Escancarada. (Fonte: Guia do Estudante). A resistência armada nas cidades acabou sem formar uma alternativa de tomada de poder. Enquanto isso, só um grupo, o PCdoB, conseguira estruturar uma guerrilha rural. Em 1971, os comunistas ocupavam três áreas na região do rio Araguaia, em uma extensão de 130 quilômetros. O objetivo era fazer um trabalho lento de conscientização e mobilização dos agricultores locais. Um dos primeiros líderes a chegar, em 1966, foi Osvaldo Orlando da Costa, o Osvaldão. Ex-boxeador, com 1,98 metros de altura, ele foi caçador e garimpeiro para se integrar à comunidade. Como escapou de várias emboscadas, os moradores da região passaram a garantir que, ao entrar no mato, Osvaldão virava lobo, cachorro ou borboleta. Morto em 4 de fevereiro de 1974, teve seu corpo içado por um helicóptero e exibido na região. Naquele momento, já não havia mais resistência nas cidades nem no campo.
Flávio Tavares, gaúcho, jornalista, 75 anos: “Em 1971, eu saía da faculdade de manhã, fazia ação armada na hora do almoço e ia trabalhar à tarde. O que eu mais gostava de fazer era amarrar policiais em um poste, algemados um de frente para o outro, e depois tocar fogo na viatura. No começo, cada expropriação bancária era uma forma de fazer propaganda. Líamos manifestos e fazíamos um rápido discurso. No fim, a gente não fazia mais isso. Só realizava as ações para comprar comida.” Paulo Jabur, carioca, fotografo, 61 anos: “Quando eu entrei na ALN (Aliança Libertadora Nacional), em 1967, eu tinha 16 anos. Minha função era cuidar das armas e mapear os lugares para as ações armadas. Em 1971, fui morar com um militante, o Iuri Xavier. Era bom que casais vivessem no aparelho, dava uma aparência de normalidade ao local. Acabamos nos casando –” casado’ é o modo de dizer: fizemos um almoço para três conhecidos.
O Iuri morreu num tiroteio, em 1972, e foi enterrado em São Paulo como indigente. Depois morei com outros dois militantes, que também desapareceram. Maria do Amparo Araújo, pernambucana, coordenadora do grupo Tortura Nunca Mais em Recife 57 anos: Militantes que pegaram em armas: 1416 espalhados em 19 organizações. No total, os grupos guerrilheiros acumularam 3,8 milhões de dólares com suas ações. Assaltos a bancos e carros-fortes: 1968-17; 1969-83; 1970-47; 1971-7. Entre 1968 e 1971 foram sequestrados: 8 aviões, 3 embaixadores e 1 cônsul. Sequestros de diplomatas renderam a liberação para o exílio de 130 militantes. De setembro de 1969 a janeiro de 1970, foram estourados 66 aparelhos, 320 pessoas foram presas e 300 armas apreendidas. Situação da militância em dez/1970: 500 presos, 200 exilados e 100 livres. Araguaia- Na primeira expedição, o exército mobilizou 3 200 homens.
É o maior movimento de tropas desde a FEB. Carro-bomba em São Paulo: Veja como foi o atentado contra o quartel-general do 2º Exército; 22 de junho de 1968, 23h: Usando uma caminhonete Chevrolet C-14, dez militantes da VPR, chefiados pelo ex-sargento Pedro Lobo de Oliveira, invadem o Hospital Militar do Cambuci, em São Paulo. Quatro deles, disfarçados de soldados, amordaçam dois sentinelas. Os demais rendem os outros soldados. Onze fuzis são levados. 23 de junho: O comandante do 2º Exército, o general Manoel Carvalho Lisboa, dá uma entrevista coletiva e declara: “Atacaram um hospital?! Que venham atacar o meu quartel!” 26 de junho: A mesma caminhonete C-14 é carregada com 50 quilos de dinamite. O pedal do acelerador é travado, para o carro andar sem motorista. No capô, é afixado um aviso: “Afaste-se, explosivos”. O alvo é o quartel- general do 2º Exército, no bairro do Ibirapuera, zona sul de São Paulo. Atrás da caminhonete, três Fuscas dão cobertura. No total, oito pessoas participam da ação com dois fuzis, uma metralhadora e três revólveres. 4h30: A madrugada está fria e com muita neblina. Dois militantes dirigem a caminhonete. Perto do quartel-general, os Fuscas param. O passageiro da C-14 acende o pavio dos explosivos e salta. Segundos depois, o motorista acelera e também pula do carro. 4h32: A caminhonete ruma em direção ao portão do alojamento dos oficiais. Um soldado dispara seis tiros contra ela. Perto do alvo, o veículo vazio esbarra em um poste, desvia do rumo e bate no muro. 4h33: Um dos soldados que estava de guarda, Mário Kosel Filho, se aproxima do automóvel, que explode.
O impacto destrói tudo num raio de 300 metros. Kosel, de 18 anos, morre na hora. Outros seis militares ficam feridos. Carlos versus Carlos A difícil relação entre os dois líderes guerrilheiros. Quando fundou a ALN, em 1967, o baiano Carlos Marighela (ao lado) era um carismático líder de 55 anos que gostava de escrever poemas. Tinha passado nove anos preso e outros 21 na clandestinidade. “Encontrei com ele uma vez, durante uma feijoada”, conta a ex-militante Maria do Amparo Araújo. “Ele era corajoso, mas não tomava cuidado. Nas reuniões que fizemos juntos, eu ia armado e ele não”, diz outro ex-militante, o jornalista Flávio Tavares. Já o carioca Carlos Lamarca (abaixo), 26 anos mais novo, era mais disciplinado. Depois de ser reprovado duas vezes, entrou para a escola de cadetes, onde se tornou exímio atirador. Na clandestinidade, manteve a atitude de militar.
“Era extremamente prudente e tinha uma conduta muito rígida”, conta Zenaide Machado de Oliveira, que militou na VPR na mesma época. “Nunca fez o que outros dirigentes faziam como ir para a rua com frequência”. Juntos, o líder carismático e o soldado aplicado poderiam ter feito uma parceria e tanto. Eles chegaram a manter contato – foi Marighela quem ajudou Lamarca a enviar sua mulher e os dois filhos para Cuba, dias antes de o capitão entrar para a guerrilha. Mas um episódio marcaria o rompimento entre os dois. Quando abandonou seu quartel em uma Kombi carregada de armas, Lamarca as deixou com a ALN. Dias depois, já integrado à VPR, Lamarca quis os fuzis de volta. Marighela avisou que ia ficar com eles.
Lamarca respondeu que, naquele caso, faria uma ação contra a ALN para recuperá-los. Depois de três meses, Marighela acabou com a tensão e devolveu os fuzis – mas só metade. Lamarca nunca mais confiaria no xará. Usaram até crianças na época os guerrilheiros. A história é longa e já nos aprofundamos demais. Numa outra oportunidade continuaremos. Pelo exposto a “Comissão da Verdade” lembra pelo menos a verdade dos fatos. Que exista a Comissão, mas para julgar os dois lados e não privilegiando apenas um, pois com esse atributo muitos diabos e satânicos iram se passar como torturados para ganhar vultosas quantias em dinheiro e enriquecer ilicitamente.
Somos tolerantes? Sempre? Por algumas horas? Segundos? Nunca? Nossa tolerância é diretamente proporcional ao nosso entendimento. Mais entendimento, mais tolerância; menos entendimento, menos tolerância. Quanto mais intolerantes formos, menos propensos ao entendimento. A porta da felicidade tem como tranca a intolerância. Não é com covardia, desejo de vingança que o Brasil vai voltar a ser o País dos sonhos como era antigamente. Diminuir a violência, a corrupção, e o consumo de drogas já é alguma coisa. Pense nisso!
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DO PORTAL CEN- DA AVSPE- DA AOUVIRCE E DA ALOMERCE.